Parasita é o sistema financeiro
Parasita é o sistema financeiro protegido por Guedes, diz sindicato de servidores
Entidade de diversas áreas do serviço público criticam declaração; há quem estude questioná-lo na Justiça
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Não há nada mais parasitário na vida de um país do que o sistema bancário que destrói as economias domésticas, que explora na enésima potência com juros absurdos. Está situação piora quando os governantes trabalham para e por eles...Fiz concurso público em 1989 e até hoje sirvo ao país com meu trabalho dedicado e permanente. Como eu, milhares de servidores da educação, da saúde, da assistência social e de muitas outras áreas ajudamos a construir este amálgama cotidiano que permite a sociedade organizar-me. Em todos os países sérios do mundo o serviço público tem função essencial. Não há qualificativos para referir-se a este e a outros ministros, com minúsculas, deste desgoverno, construído sobre as mentiras, o ódio e a ignorância.
*Ao ministro Paulo Guedes, sem carinho*
Na biologia, parasita é como se designa um organismo que vive na superfície ou nas entranhas de outro organismo, sugando deste a sua própria vida.
Em sentido pejorativo, o indivíduo que vive à custa da exploração de outro indivíduo ou de um grupo de indivíduos também é chamado de parasita.
Nesta sexta-feira, 7, o ministro Paulo Guedes comparou os funcionários públicos a parasitas, ao defender a “sua” reforma administrativa baseada na redução dos serviços públicos.
Ironicamente, o insulto sai da boca de um ministro suspeito de fraudar fundos de pensão, o que ensejou a abertura de investigação por parte do Tribunal de Contas da União (TCU), após representação do Ministério Público Federal (MPF).
A ofensa aos trabalhadores do serviço público é desferida justamente por quem, à frente do ministério da Economia, realiza uma gestão que vem contribuindo decisivamente para o aprofundamento da desigualdade e da extrema pobreza e para o aumento do trabalho informal e precário.
Nada é mais parasitário que a gestão da economia brasileira sob Paulo Guedes.
Os servidores públicos de todo o país haverão de fazer o ministro engolir de volta esse insulto execrável.
*Charles Alcantara*
Presidente da FENAFISCO
Nota de repúdio do SINAIT a declarações do ministro Paulo Guedes
Publicada em: 07/02/2020
O Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho – SINAIT manifesta veemente repúdio a declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta sexta-feira, 7 de fevereiro, que compararam servidores públicos a “parasitas” que habitam um hospedeiro que está morrendo, o Estado brasileiro. Disse isso para justificar os termos da reforma administrativa que deverá ser enviada ao Congresso Nacional nos próximos dias e que pretende cortar ainda mais na carne do funcionalismo.
Mais uma vez, na figura de um ministro de Estado, o governo agride seus próprios funcionários, que operacionalizam as políticas públicas e as atividades essenciais do Estado. O servidor público, ao longo do tempo, é o bode expiatório favorito para os governantes que, dessa forma, tentam camuflar a má gestão e os focos de corrupção que desviam recursos que deveriam ser aplicados para melhorar a vida do povo. Estes focos estão, quase sempre, concentrados nos altos escalões dos governos.
O ministro mostra desconhecimento ao falar de privilégios do funcionalismo. Estabilidade já não existe mais. Servidores públicos não têm Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS. A aposentadoria já foi praticamente igualada à dos demais trabalhadores, embora o desconto previdenciário permaneça com alíquotas muito maiores e os servidores aposentados continuem pagando sua contribuição quando param de trabalhar. Os mecanismos de punição e demissão sempre existiram e aqueles que não têm comportamento ou desempenho compatíveis com o serviço público têm sido, sim, excluídos.
A irresponsabilidade dos governos em culpar o funcionalismo por sua má administração está causando grandes prejuízos à população. A falta de concurso público para repor quadros mergulhou o INSS no caos, prejudicando, principalmente, os mais pobres. O mesmo ocorre com as fiscalizações, de forma geral, e mais profundamente com a Auditoria-Fiscal do Trabalho e a fiscalização agropecuária e ambiental. A Receita Federal também tem denunciado o decréscimo acentuado em seu contingente.
A fala do ministro Paulo Guedes joga, deliberadamente, a população contra os servidores públicos que executam os serviços mais básicos para proteger o povo: saúde, educação, fiscalizações. É o que tem impedido, até agora, que se instale uma terra sem lei.
Todo cidadão, incluindo os servidores públicos, tem direito a lutar por trabalho e salário dignos, em condições de executar sua atividade com segurança e eficiência. E, ao final de sua jornada, aposentar-se para viver com saúde e tranquilidade. Ao governo, o empregador, cabe cuidar para que os servidores tenham plenas condições de realizar seu trabalho, fazendo chegar os benefícios à população, melhorando a vida do povo, diminuindo o fosso da desigualdade social.
É uma vergonha que um ministro de Estado declare que o Estado brasileiro é pobre. O Brasil é um país rico, que necessita de governantes que priorizem o povo ao invés do capital, juros de dívida. O foco deve estar sobre pessoas.
Diretoria Executiva Nacional do SINAIT - DEN