Plenária da AEDOC/RS
Plenária da AEDOC/RS destaca a importância da defesa da educação do campo
Nesta quinta-feira (29), foi realizada a Plenária da Articulação em Defesa da Educação do Campo (AEDOC/RS). Educadores, representantes de universidades movimentos sociais e sindicais, entre eles o CPERS, com a secretária-geral Candida Rossetto, debateram os desafios da educação do campo e as estratégias de defesa do setor.
Os participantes discutiram a conjuntura educacional no Rio Grande do Sul, o recrudescimento da política de fechamento de escolas, a campanha Escola é Vida, eleições e a redação da carta manifesto da AEDOC/RS aos candidatos a vereadores e prefeitos e a Campanha Escola é Vida na comunidade foram os temas discutidos entre os participantes.
Ao abordar o tema da conjuntura, a professora Lucia Camini, representante do CPERS no Conselho Estadual de Educação (CEED) apresentou vários pontos que estão no debate do Conselho e que representam ações do governo Eduardo Leite (PSDB) no sentido de execução da política de destruição da educação pública, através de ações como o fechamento de turmas, escolas, a redução de recursos humanos e a supressão do debate necessário no sentido da garantia do direito à educação.
Em sua análise, a educadora destacou que a educação do campo é alvo tanto no sentido do fechamento das escolas, quanto no anúncio de mudança na legislação da EC (Educação do Campo), remetendo a necessidade da articulação para organizar a resistência.
A secretária geral do CPERS, Candida Rossetto, contribuiu apontando que os aspectos do autoritarismo do governo e a execução da política neoliberal, traduzem o que concretamente acontece.
“Neste momento enfrentamos ataque aos espaços que são de democracia com representação da sociedade civil, como o CEEd e os Conselhos Escolares; a imposição de currículo, a redução de recursos humanos e o fechamento de escolas e turmas. Quanto à determinação do retorno às aulas presenciais, sem as garantias de segurança a trabalhadores(as) em educação e estudantes, está a implementação do sistema híbrido de ensino, que atende aos interesses privados da educação”, observou.
Candida também ressaltou a necessidade de alterar a correlação de forças que estão postas, o que, segundo ela, exigirá a organização pela base e um enfrentamento mais forte ao governo.
Na sequência do debate sobre a conjuntura ocorreram várias intervenções que canalizaram para duas linhas de ação necessárias diante do cenário atual: a mobilização de base e uma frente ampla contra o fechamento das escolas, que passa por um movimento estadual e pela utilização de espaços institucionais e ações jurídicas, caso necessário.
A professora Conceição Paludo apresentou um estudo relativo à temática dos Direitos humanos, articulando as diferentes concepções, a trajetória histórica, os desafios atuais e as eleições municipais neste âmbito, que agrega o direito à educação e a defesa da educação do campo.
Na ocasião também foi discutida a organização da Carta Compromisso aos(as) candidatos(as) a vereadores(as) e prefeitos(as), a ser utilizada no debate e eleição de representantes comprometidos com as lutas da AEDOC/RS.
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