Polêmica, educação financeira nas escolas
Deputada ‘detona’ programa de educação financeira nas escolas e causa muita polêmica
O projeto de lei foi aprovado com 24 votos favoráveis e seis contrários. O texto obriga a adição de educação financeira em propostas pedagógicas de escolas públicas e privadas, do ensino fundamental e médio do Rio Grande do Sul.
Um dos votos contrários foi por parte da deputada Luciana Genro. No Twitter, ela demonstrou forte discordância da proposta.
“Ridículo. Não há outra definição a um projeto que determina a obrigatoriedade de educação financeira nas escolas públicas. O problema das famílias gaúchas de baixa renda é de falta de dinheiro, não de administração financeira. Dei meu voto contra essa proposta constrangedora”, publicou Genro.
Na postagem, a parlamentar divulgou um vídeo de sua fala durante a votação do projeto. Neste conteúdo, Luciana Genro declarou que os professores ficariam em uma posição constrangedora ao ensinar educação financeira para menores que vivem em famílias pobres.
“Seria realmente constrangedor e embaraçoso, para um professor, para uma professora, tentar ensinar uma criança que vive em uma família pobre a administrar as suas finanças a ponto de não se endividar. Então, eu sinto muito, mas não posso dar meu voto favorável a esse absurdo”, argumentou.
Repercussão da opinião de deputada sobre programa de educação financeira nas escolas
A publicação de Luciana Genro rendeu milhares de comentários. Uma das respostas foi a da orientadora financeira Nathália Rodrigues, mais conhecida nas redes como Nath Finanças.
A criadora de conteúdo digital demonstrou discordância com a deputada. Segundo Nath, “Educação financeira ajuda a população de baixa renda a não cair nas armadilhas, principalmente com os grandes bancos. Educação financeira não é para se conformar com o sistema, e sim questioná-lo”.
“Se você tiver disponibilidade pra gente bater um papo seria ótimo te contar o quanto foi importante educação financeira para as pessoas que consomem meu conteúdo. Saíram das dívidas, diminuíram no cartão de crédito e deixaram de pagar tarifas abusivas de bancos. Só chamar na dm [mensagem direta]“, alega.
Em resposta à mensagem da influenciadora digital, a deputada afirmou não estar contra a educação financeira — mas ao projeto de lei.
“Oi, Nath! Obrigada pelo comentário respeitoso, diferente dos bolsonaristas e liberais que me atacam. Vamos conversar, te mando uma DM. Quero te contar sobre o contexto do projeto e a situação das escolas públicas gaúchas. Não sou contra a educação financeira, mas sim este PL”, respondeu.