Política salarial de Eduardo Leite

Política salarial de Eduardo Leite

Texto do Prof. Gilmar Corrêa

A política salarial de Eduardo Leite para os servidores públicos precariza de vez e compromete nosso futuro com o fim da paridade, inclusive entre os da ativa; política que amplifica os ataques vindos da proposta de reforma administrativa tramitando no Congresso.

Não por acaso, várias Federações empresariais gaúchas em reunião com o político reivindicaram que concorra a reeleição: "um gerente que está fazendo um bom trabalho, deve ser mantido" disse, em apelo, o presidente da FIERGS Gilberto Porcello Petry.

Para os setores empresariais industrial, comercial e de serviços é "o gerente", para o agronegócio - com certeza - é "o capataz" que barateia o custo da força de trabalho.

O governo propagandeia superávit, conseguido com uma leva de privatizações do patrimônio público, com arrocho salarial e, com a reforma previdenciária que subtraiu direitos futuros dos servidores, com a substituição do salário por subsídio (que concentra tudo num valor único), promovendo - com um pífio reajuste - o início do fim dos direitos pretéritos incorporando a parcela de "irredutibilidade" no subsídio; por incrível que possa pareça, para o governo, a parcela de irredutibilidade é redutível.

Em aumento nem fala (a defasagem em 7 anos estava próxima de 60%), o reajuste foi escalonado e apenas para alguns, especialmente para quem está iniciando ou é contratado, é o FIM DA CARREIRA.

Pois o governo inverte lógica histórica: quando temos carreira, quanto mais tempo de serviço mais direitos adquiridos, maiores avanços.

Hoje, para o servidor é um demérito ter anos/décadas de trabalho prestado ao Estado, pois quanto maior o tempo menor é a valorização.

Não por acaso, nessa pandêmica investida burguesa contra aos trabalhadores, também temos virulentos os ataques a sua organização político-sindical, a estratégia é evitar a reação.

Essa é a nefasta política ultraneoliberal que tende jogar a categoria prostrada no desalento.

Mas os esforços para combater o retrocesso não devem cessar, muito pelo contrário, pois como dizia a poeta:

"Não venci todas as vezes que lutei, mas perdi todas as vezes que deixei de lutar".

Cecília Meireles.

copiado do facebook




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