Precarização e baixos salários

Precarização e baixos salários

Precarização e baixos salários reduzem interesse pelas carreiras públicas 

Número de inscritos para os concursos públicos em áreas essenciais como Saúde e Agricultura caiu mais de 70% na comparação com o processo seletivo de 2014

Da Redação / Publicado em 23 de fevereiro de 2022

Depois de oito anos, estado promove concursos para áreas da Agricultura e Saúde

Foto: André Mendes Ribeiro Corrêa/ Sintergs

 

As inscrições nos concursos públicos do governo do estado do Rio Grande do Sul para as secretarias da Saúde e da Agricultura registraram redução expressiva na comparação com os certames realizados há oito anos. As inscrições para os concursos públicos abertos pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) se encerraram no dia 22 de janeiro.

Segundo dados levantados pelo Sindicato dos Servidores de Nível Superior do RS (Sintergs), na Saúde o número de inscritos chegou a 59.940 em 2014. Para as provas deste ano, 8.342 pessoas se inscreveram, o que representa uma queda de 86%.

O número de inscritos no concurso na Agricultura também sinaliza uma diminuição de candidatos. Na seleção anterior, foram contabilizadas 3.947 inscrições. Este ano, foram 1.193 candidatos – redução de 70%.

Os dados reafirmam a falta de valorização das carreiras no estado em função da defasagem na remuneração dos servidores estaduais, que estão há mais de sete anos sem reposição da inflação.

“A precarização dos serviços públicos e os sucessivos ataques aos trabalhadores do setor público levaram ao desinteresse dos profissionais de nível superior em ingressar no Estado”, lamenta o presidente do Sintergs, Antonio Augusto Medeiros.

 

Infográfico: Sintergs

De acordo com o dirigente, apesar do Brasil e do Rio Grande do Sul apresentarem altas taxas de desemprego, os trabalhadores não têm buscado concurso devido ao sucateamento das carreiras públicas. “É necessário que os governos façam uma reestruturação das carreiras para que elas voltem a ser almejadas e cumpram com a função de atender a população, sobretudo neste momento de pandemia”, afirma Medeiros.

As duas pastas foram analisadas por serem as secretarias mais representativas de categorias vinculadas ao Sintergs e que são considerados serviços essenciais.

 

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