Preferem o currículo flexível
65% dos estudantes que entraram no ensino médio preferem o currículo flexível
Uma pesquisa do Datafolha junto ao Todos Pela Educação mostra que 70% dos entrevistados que dizem conhecer o "Novo Ensino Médio" avaliam as mudanças provocadas pela reforma como positivas
Helena Dornelas postado em 11/03/2024
Dois a cada três jovens entre 14 e 16 anos que iniciaram o primeiro ano do ensino médio em 2024 afirmam que desejam um modelo de escola de ensino médio flexível. Os dados são da pesquisa Datafolha, encomendada pelo Todos Pela Educação, e realizada de forma presencial entre janeiro e fevereiro deste ano. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (11/3).
De acordo com a pesquisa, 65% dos entrevistados desejam um currículo “flexível”, desses, 35% preferem uma escola que ofereça, em parte do tempo, as mesmas disciplinas para todos os alunos e, em outra, a possibilidade de aprofundar conhecimentos e disciplinas de maior interesse. Outros 29% preferem uma escola que combine uma parte com as mesmas disciplinas para todos os alunos e outra com a possibilidade de fazer um curso técnico profissional. E 34% preferem a manutenção do modelo pré-reforma do ensino médio, ou seja, uma escola com as mesmas disciplinas para todos os alunos durante toda a etapa.
Quando considerados apenas os entrevistados que dizem estar bem informados sobre o “Novo Ensino Médio”, que são apenas 8%, a opção por um dos dois caminhos “flexíveis” sobe para 79% — 38% para aprofundar conhecimentos e 42% para cursar técnico.
O Datafolha perguntou se os jovens pudessem escolher aprofundar os estudos em disciplinas do seu interesse em qual seria. Dentre os estudantes que escolheram apenas uma área, as escolhas foram: 36% a área de linguagens, 16% pela área de ciências da natureza, 16% por ciências humanas e 13% por matemática.
Conhecimento sobre o novo ensino médio
A pesquisa também aponta que pouco mais da metade (53%) dos entrevistados diz que não tem conhecimento/não está bem informado sobre o novo ensino médio. A tomada de conhecimento sobre mudança é mais presente nas classes A e B, equivalente a 60%. Já as classes D e E, foram de 36%.
Entre aqueles que dizem ter tomado conhecimento sobre as mudanças trazidas pelo novo ensino médio: 34% avaliam como “muito positivas”; 36% como “um pouco positivas”; 6% “nem positivo nem negativo”; 14% “um pouco negativo”; 6% “muito negativo”; e 4% não sabem opinar.
Curso técnico
O levantamento também questionou os jovens sobre o interesse em fazer um curso técnico integrado ao ensino médio. 77% responderam que escolheriam fazer um curso técnico se tivesse menos aulas de disciplinas que caem no Enem e nos vestibulares, 21% responderam que preferiria fazer as disciplinas e 2% não sabem.
Questionados quanto tempo estão dispostos a ficar a mais na escola para fazer o curso técnico, 29% responderam que ficaram mais de um e menos de duas horas, e 27% que ficaram mais de duas e menos de quatro horas. A média dos entrevistados é de 3h35.
O Datafolha entrevistou presencialmente, 462 pessoas de 14 e 16 anos, de escolas públicas e particulares, em todas as regiões do país. A margem de erro é de cinco pontos percentuais (para mais ou para menos), com nível de confiança de 95%.
FONTE:
OPINIÃO DO EDUCADOR DANIEL CARA
no Instagram