Privatização disfarçada
Privatização disfarçada: CPERS repudia a formação e imposição de Eduardo Leite ao programa Jovem de Futuro 2024
É com grande indignação que expressamos nosso repúdio à forma como a Secretaria da Educação (Seduc), sob a gestão da secretária Raquel Teixeira e do governador Eduardo Leite (PSDB), tem conduzido as atividades de formação ao programa Jovem de Futuro 2024, que estão ocorrendo nos dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS).
A convocação das direções das escolas para tal atividade demonstra, mais uma vez, uma total falta de respeito à organização interna de cada instituição, neste período de final de ano, cujas demandas são cada vez maiores, sobrecarregando ainda mais os educadores(as).
O cotidiano das equipes diretivas já é desafiador o suficiente, com trabalhos intermináveis, e deslocá-las para esse fim é simplesmente desamparar aqueles que permanecem nas escolas, lidando com as responsabilidades do dia a dia.
A situação torna-se ainda mais alarmante diante da finalidade do programa Jovem de Futuro: privatizar a educação pública gaúcha. Criado em 2007, o Jovem de Futuro atua em parceria com secretarias estaduais de Educação, com ações desenvolvidas pelo Instituto Unibanco.
Conforme denúncias recebidas pelo CPERS, tutores estão previstos para chegar nas escolas em fevereiro, mas há tentativas de antecipar esse prazo para janeiro. Tal ação levanta sérias preocupações sobre a qualidade e a natureza da formação, bem como sobre a pressa em implementar mudanças sem considerar adequadamente as consequências.
Unimo-nos aos diretores e diretoras indignados com essa situação imposta pelo governo Leite (PSDB). O CPERS exige transparência, respeito à autonomia das escolas e uma revisão urgente desse processo. A educação pública merece ser tratada com o devido cuidado e respeito, e não como uma mera mercadoria e formalidade em meio a decisões arbitrárias!
*Foto de capa: Mauricio Tonetto / Secom
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