Problemas da fome no mundo
Resumo sobre os problemas da fome no mundo
De tempos em tempos organizações internacionais divulgam crises humanitárias envolvendo a fome. Os casos envolvem populações em estado crítico de fragilidade, à beira da morte, que não possuem alimento suficiente para consumo. Diante disso, certas instituições pedem apoio financeiro para promover ações, combatendo às emergências localmente. Nessas situações normalmente são divulgados apenas dados locais, de alguns países ou regiões, não passando a imagem da real situação global.
A questão da fome é tão importante que em 2012, na Conferência Rio+20 das Nações Unidas, a erradicação da fome foi transformada em um dos seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: “atingir fome zero, segurança alimentar e boa nutrição e promover agricultura sustentável”. Vamos entender mais sobre a relevância deste tema.
Primeiro, vamos entender o que se caracteriza como fome. A fome, como problema, está presente em indivíduos subnutridos, ou seja, pessoas que continuamente não têm acesso a calorias suficientes para suprir suas necessidades energéticas diárias. Existem, atualmente, cerca de 795 milhões de indivíduos nessa situação. Em outras palavras: 1 a cada 9 pessoas no mundo está subnutrida. Desse total, a grande maioria, 780 milhões, se encontra geograficamente nos países em desenvolvimento.
O problema da fome é latente nos países em desenvolvimento e a maior parte da população pobre e subnutrida vive nas áreas rurais, onde a agricultura familiar prevalece como o modo de organização de produção. Seguindo essa tendência, aproximadamente 75% da população pobre mundial vive em áreas rurais – essa taxa pode ser ainda maior em países de baixa renda.
Assim, pequenos agricultores possuem quatro vezes mais chances de serem pobres do que qualquer outro indivíduo empregado em um setor diferente da economia, o que respalda diretamente na sua renda e na verba que poderá destinar à sua alimentação e à de sua família. Vale destacar que 90% das 570 milhões de fazendas agrícolas pelo mundo são geridas por esses indivíduos, sendo responsáveis por mais de 80% da produção mundial de alimento.
O problema em geral recai sobre a pobreza, que faz com que não tenham boa estrutura de armazenamento, que se endividem para manter o cultivo, que precisem vender a produção em épocas desfavoráveis para conseguir dinheiro ou que não tenham nenhuma estrutura de proteção contra variáveis climáticas.
Por Romi Pereira – Geógrafo