Professor do outro lado da tela

Professor do outro lado da tela

ENSINO REMOTO: UM OLHAR PARA O PROFESSOR QUE ESTÁ NO LADO DE LÁ DA TELA!

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A pandemia vem provocando infinitas transformações na vida das pessoas e das instituições (família, escola, igreja, instituições públicas e privadas...) e, considerando a NECESSIDADE DE SOBREVIVÊNCIA, as mesmas buscam explorar alternativas para se situarem nesta ‘mudança de época’ ou, como alguns chamam, ‘o novo normal’.

Fazendo um link com a área da educação, pensemos em nossos professores e professoras que, necessariamente, também estão se adequando a esta nova realidade que poderíamos chamá-la de ‘MODO ONLINE’. Na verdade, professores, alunos, pais... precisaram se reinventar, redesenhando o processo de ensino-aprendizagem e enfrentando os desafios técnicos e emocionais.

No início do ano letivo, normalmente, os pais ficam atentos aos mínimos detalhes para que os filhos estejam preparados e disponíveis para o ensino escolar, especialmente agora, em razão das aulas remotas, pelo menos até o momento. Para o bom êxito das aulas remotas, os pais estão em alerta para que haja uma boa internet, um bom aparelho celular ou bom notebook, um ambiente agradável para as aulas e outros cuidados para que os filhos consigam ter um ensino de qualidade.

Na modalidade do ensino remoto, na posição de pai, creio que o nosso olhar se volta, naturalmente, para O LADO DE CÁ DA TELA (os nossos filhos) e, sem nos darmos conta, descuidamos com quem está no LADO DE LÁ DA TELA (os nossos professores). Assim sendo, é que pensei no título para a mensagem matinal deste dia: ENSINO REMOTO: UM OLHAR PARA O PROFESSOR QUE ESTÁ NO LADO DE LÁ DA TELA!

A seguir, sem a pretensão de apresentar um ‘manual de condutas’, descrevo alguns indicativos, no intuito de contribuir com a reflexão.

NO LADO DE LÁ DA TELA ESTÁ...

- um ser humano e não é uma máquina;

- alguém que tem sentimentos, emoções, carências, limitações, qualidades, potencialidades, desejos...

- um ser humano que também tem direito de viver aqueles dias difíceis;

- alguém que, além de professor ou professora, é uma mãe, um pai, um esposo, uma esposa, quem sabe, um cuidador;

- alguém que, por questão de necessidade mesmo, tem ainda outra profissão e os afazeres da casa;

- alguém que gostaria de ser melhor remunerado, quem sabe de forma mais justa;

- alguém que também precisou aprender a trabalhar de forma remota, adequando-se às tecnologias modernas, adaptando o tom da voz, a linguagem, a postura do corpo, as questões metodológicas e pedagógicas, os recursos utilizados na aula, etc;

- um professor ou uma professora que, além do tempo disponível para ministrar as aulas, também precisa prepará-las e isso demanda tempo, pois as aulas remotas têm muitas exigências (quiçá, até mais do que as presenciais);

- alguém que precisa de tempo e atenção para digitar as atividades e habilidade para gravar áudios ou fazer vídeos para serem enviados aos pais e/ou aos alunos...;

- alguém que, a qualquer momento, pode ser chamado no WhatsApp ou nas redes sociais para responder às conversas que chegam e, às vezes, acumulam-se;

- alguém que precisa cumprir as questões burocráticas oriundas da secretária de educação e de outras esferas;

- alguém que quer o melhor para os nossos filhos e que conta com a nossa colaboração;

- um ser humano que, de vez em quando, aguarda um feedback, além de sugestões, também um elogio, um reconhecimento...;

Portanto, creio ser interessante que, nós, pais – responsáveis, nos perguntemos: QUEM ESTÁ NO LADO DE LÁ DA TELA? Se no lado de cá da tela está o nosso filho, vale lembrar que no outro, um (a) professor (a) que, em primeiro lugar, é um ser humano.

Por fim, como dica, penso que a EMPATIA e o EQUILÍBRIO entre o dar e o receber podem nos ajudar neste sentido, facilitando para que o ensino remoto seja realizado de forma conjunta e solidária.

ÓTIMO DIA A TODOS!

Rudinei Lolatto

Parapsicólogo Clínico e Psicanalista

https://www.facebook.com/rudinei.lolatto.3 




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