Propostas para a educação do RS
Debate na Rádio Gaúcha promoveu propostas para a educação do RS
Oito dos 11 candidatos a governador apresentaram suas ideias para melhorar qualidade do ensino
16/08/2022 FÁBIO SCHAFFNER
Tema fundamental para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul, a educação pautou grande parte do debate entre os candidatos a governador realizado pela Rádio Gaúcha nesta terça-feira (16). Os investimentos no setor foram citados como prioridade por todos os participantes, com diferentes propostas.
Além de surgir espontaneamente em diversos momentos do debate, o assunto foi alvo de uma pergunta geral formulada pela organização. Instigados a responder de forma objetiva como pretendem melhorar a qualidade e os índices de educação, cada um apresentou suas metas numa eventual gestão estadual.
Primeiro a responder, Vicente Bogo (PSB) defendeu mudanças na política pedagógica e a construção de laboratórios de ciências, informática e mecatrônica.
— Não há outra maneira de promover desenvolvimento se não fizermos grandes investimentos na formação tecnológica das crianças — disse.
Edegar Pretto (PT) citou a necessidade de investir na estrutura das escolas e de manter um diálogo permanente com professores e servidores da educação.
— Queremos ter uma educação que prepare os jovens para entrar na universidade, professores com autoestima e, para as crianças que precisarem, uma refeição quentinha — apregoou.
Luis Carlos Heinze (PP) defendeu a implantação das chamadas escolas digitais e reclamou da demora na reforma dos atuais estabelecimentos de ensino.
— Vamos integrar as escolas técnicas, usar Sesc, Senai, todo o sistema S. Não adianta implementar infraestrutura se eu não tenho educação básica — afirmou.
Onyx Lorenzoni (PL) defendeu a qualificação profissional, mas citou como prioridade o atendimento à educação básica, com a criação da Secretaria da Primeira Infância.
— Ela será ligada ao gabinete do governador e transversal a todas as demais. Para a gente mudar as próximas gerações, precisamos cuidar das crianças — argumentou.
Vieira da Cunha (PDT) prometeu reformar as escolas atuais, aplicar 35% da receita estadual em educação e implementar o ensino em tempo integral.
— Temos condição de botar essa escola em cada bolsão de pobreza. São mil crianças e adolescentes que tiramos do caminho do crime e das drogas.
Roberto Argenta (PSC) salientou a experiência como presidente de Conselho de Pai e Mestres, defendeu o aprimoramento dos professores e uma educação voltada para o emprego.
— Se o emprego garante o presente, quem vai garantir nosso futuro serão as crianças e os jovens que educarmos — destacou.
Ricardo Jobim (Novo) disse que pretende privatizar o Banrisul e usar os recursos na criação de um fundo para investimentos no setor.
— Precisamos dialogar para municipalizar as escolas de Ensino Fundamental e usar o patrimônio ocioso através de parcerias público privadas — afirmou.
Eduardo Leite (PSDB) elencou medidas de seu governo, como bolsas para alunos e professores, aumento da carga horária em português e matemática, além de reforço na saúde mental.
— A transformação do mundo pela tecnologia gera necessidade de desenvolvermos competências sócio-emocionais nas crianças. Mais do que o conhecimento técnico, temos que reforçar a capacidade de persistência, as habilidades para a colaboração, a curiosidade — exemplificou.
Oito dos 11 postulantes ao Palácio Piratini participaram do encontro — foram convidados os candidatos cujos partidos têm no mínimo cinco representantes no Congresso. Ficaram de fora Carlos Messalla (PCB), Paulo Pedra (PCO) e Rejane de Oliveira (PSTU).