Protesto das Terceirizadas da Educação

Protesto das Terceirizadas da Educação

Terceirizadas da Educação protestam contra falta de pagamento: ‘Como fica o Dia das Mães?’

Cerca de 180 trabalhadoras que atuam na limpeza de escolas estaduais da Capital reclamam a falta de pagamento

Por  Sul 21  sul21@sul21.com.br 

Terceirizadas da Educação protestam contra a falta de pagamento: 'Como fica o Dia das Mães?'  - Sul 21

 

Um grupo de trabalhadoras terceirizadas das escolas estaduais de Porto Alegre realizaram, nesta sexta-feira (6), um protesto simbólico diante da Secretaria de Educação contra os constantes atrasos nos pagamentos do salário e dos vales transportes e alimentação.

Contratadas pela empresa GFG-Recursos Humanos para atuar na limpeza de escolas da Capital, as trabalhadoras ainda não tiveram os salários de abril depositados, assim como questionam o fato dos vales transportes e alimentação estarem sendo pagos com atraso nas últimas três semanas, com depósitos sendo feitos de três em três dias.

Representante das trabalhadoras, Adriana Dias diz que a indignação é maior porque as trabalhadoras vão passar o Dia das Mães sem os salários. “É com imensa indignação ver chegar o quinto dia útil, do mês das mães e ver as trabalhadoras da limpeza das escolas estaduais do nosso querido Rio Grande do Sul tristes por saber que não têm os salários pagos, conforme a lei. No quinto dia útil e nada do salário entrar na conta. Essas mães vão passar como seu Dia das Mães? Sem poder fazer um galetinho, um pudim, comprar um refrigerante pra comemorar. Essas mães já tão sofridas o ano inteiro com o descaso de moradia, de alimentação. Um desrespeito. Cadê a fiscalização? Cadê a Seduc que não se pronuncia, não faz nada?”, questiona.

Já a professora Neiva Lazzarotto, que representou o 39º núcleo do Cpers na manifestação, destacou que já esteve na Secretaria de Educação em duas oportunidades para questionar sobre os atrasos.

“Da primeira vez, com um grupo de trabalhadoras terceirizadas, e há uma semana com a presidente do da Associação de Terceirizadas, protocolando um Ofício endereçado ao Diretor Administrativo da Seduc, onde, além dos atrasos do pagamento dos vales transporte e alimentação, e dos salários, destacamos o fato de a empresa não ter fornecido todo o EPI para as trabalhadoras, apenas uma camiseta, uma máscara e um par de luvas”, diz.

Lazzarotto destaca que a Seduc já foi cobrada pela prática antitrabalhista da empresa, que emprega cerca de 180 funcionárias. A informação recebida pelas trabalhadoras é de que os salários serão depositados no dia 10. “É lamentável a omissão da Secretaria de Educação e repudiável o calote que a empresa vem aplicando sobre estas trabalhadoras. Medidas precisam ser tomadas, com urgência”, diz.

As trabalhadoras dizem ainda que o atraso no pagamento dos salários já havia acontecido no mês passado, o que prejudicou o feriadão da Páscoa.

 

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