Protozoário não é vírus
Protozoário não é vírus.
E machismo não se tolera. Se combate.
Dra. Nise Yamaguchi não sabe a diferença entre um vírus e um protozoário.
Não sabe quando o vírus apareceu.
Ela realmente não sabe!
E se soubesse, teria chance de responder?
É preciso dizer que o senador Otto Alencar (PSD-BA) foi machista e foi misógino.
Foi grosseiro. Foi deseducado. Foi estúpido.
Nada justifica aquelas sucessivas interrupções. Nada!
É machismo! É misoginia!
Do inglês: "manterrupting"
Homem que interrompe. E se sente à vontade para interromper quando está frente a uma mulher.
Chegamos ao maior exemplo de falácias em que poderíamos estar mergulhados neste país.
De um lado, uma médica renomada, diplomada e conceituada. Adjetivos que deveriam lhe conferir respeito e dignidade.
Mas não conferem razão nem ciência.
É degradante uma médica compactuar com o uso de medicamentos cuja ineficácia para o tratamento da Covid é cientificamente comprovada.
É ultrajante uma médica defender o uso de medicamento antiprotozoário no enfrentamento a uma pandemia viral.
De outro lado, senadores indicados para coordenar uma CPI.
O cargo político lhes confere autoridade.
Mas não lhes confere competência, senso, nem noção.
Aliás, noção é o que faltou de ambos os lados!
Nise foi questionada de forma grosseira, ofensiva e humilhante.
O senador Otto teria o mesmo comportamento perante um homem?
Será?
Qual é o objetivo dos depoimentos na CPI?
Comprovar a irresponsabilidade criminosa do genocida em relação à pandemia!
Para se chegar à verdade não é necessário truculência.
Para comprovar que Nise Yamaguchi é cúmplice de genocida e não tem a menor noção de infectologia, o senador Otto Alencar não precisava tê-la atropelado como um caminhão desgovernado.
É preciso prezar, sempre, pelo respeito.
A pergunta.
A réplica.
A tréplica.
Nise Yamaguchi é incompetente e inepta.
Mas, lamentavelmente, o senador Otto Alencar conseguiu dar mais ênfase ao machismo e à grosseira dele do que à incompetência e inépcia dela!
Foi feio demais!