Quem foi Jô Soares?

Quem foi Jô Soares?

 

José Eugênio Soares tinha o sonho de ser diplomata, mas o humor e a criatividade que sempre fizeram parte da sua personalidade o levaram para o meio artístico.

Saiba quem foi Jô Soares, um dos maiores comediantes da história do Brasil

 

 

Um beijo do gordo! Com esse bordão, o carioca José Eugênio Soares, nascido em 16 de janeiro de 1938, será lembrado por grande parte dos brasileiros que acompanharam sua trajetória como humorista, ator, apresentador, diretor e escritor desde que estreou na TV no elenco da Praça da Alegria, na TV Record em 1956.

Multiartista, Jô Soares, como ficou conhecido, era filho único do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e da dona de casa Mercedes Pereira Leal.

Bisneto do conselheiro Filipe José Pereira Leal, diplomata e político que, no Brasil Imperial, foi governador do Estado do Espírito Santo, o menino José Eugênio sonhava fazer carreira no Itamaraty. Para isso, estudou no Colégio São Bento, no Rio, e no Lycée Jaccard, na Suíça.

Mas, o humor e a criatividade que sempre fizeram parte da sua personalidade o levaram para o meio artístico.

Com 66 anos de carreira, Jô viveu os últimos anos mais recluso, mas contribui com artigos em tons ácido e irônico para desnudar o fascismo de Jair Bolsonaro. "Sua definição é perfeita: vossa excelência é o leão. É o rei dos animais", escreveu em artigo na Folha de S.Paulo.

Na Record, Jô ainda atuou na comédia Ceará contra 007, em 1965, que registrou o maior audiência naquele ano no Brasil, e no humorístico Família Trapo, ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega.

Em 1971, estreou  "Faça Humor, Não Faça Guerra", primeiro humorístico da TV Globo, em uma crítica direta à Guerra Fria e ao conflito no Vietnã.

Na emissora, Jô também atuou em Satiricom (1973) e no inesquecível Viva o Gordo (1981), que deu origem ao espetáculo "Viva o Gordo, Abaixo o Regime", uma sátira explícita à Ditadura Militar. 

Atuou ainda ao lado de Chico Anysio e foi comentarista do Jornal da Globo até 1987. Em 1988 foi para o SBT, onde apresentou o programa Veja o Gordo.

De volta à Globo, em 2000, Jô Soares apresentou por 16 anos o Programa do Jô. Em 2018, em seu último trabalho na TV, participou como comentarista do programa Debate Final, no Fox Sports, debatendo sobre a Copa do Mundo.

Fluente em  português, inglês, francês, italiano e espanhol, Jô foi casado com atriz Therezinha Millet Austregésilo, com quem teve um filho, Rafael Soares, que era autista, e morreu em 2014.

Entre 1980 a 1983, foi casado com atriz Sílvia Bandeira, e a partir de 1984 viveu um romance de dois anos com Cláudia Raia.

O humorista ainda namorou a atriz Mika Lins e em 1987, casou-se com a designer gráfica Flávia Junqueira Pedras, de quem se separou em 1998, mas continuou amigo até os dias atuais. Foi Flávia quem anunciou sua morte pelas redes sociais na madrugada desta sexta-feira, 5 de agosto de 2022.


https://revistaforum.com.br/cultura/2022/8/5/saiba-quem-foi-j-soares-um-dos-maiores-comediantes-da-historia-do-brasil-121216.html 

 

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Descanse em paz!

 

Jô Soares define o que é ser Professor:

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor.

É jovem, não tem experiência.

É velho, está superado

Não tem automóvel, é um pobre coitado.

Tem automóvel, chora de “barriga cheia”.

Fala em voz alta, vive gritando.

Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta à escola, é um “Adesivo”.

Precisa faltar, é um “turista”.

Conversa com os outros professores, está “malhando” nos alunos.

Não conversa, é um desligado.

Dá muita matéria, não tem dó.

Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.

Não brinca com a turma, é um chato.

Chama a atenção, é um grosso.

Não chama a atenção, não se sabe impor.

A prova é longa, não dá tempo.

A prova é curta, tira as hipóteses do aluno.

Escreve pouco, não explica.

Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala corretamente, ninguém entende.

Fala a “língua” do aluno, não tem vocabulário.

Exige, é rude.

Elogia, é parvo.

O aluno é retido, é perseguição.

O aluno é aprovado, deitou “água-benta”.

É! O professor está sempre errado, mas se conseguiu ler até aqui, agradeça-lhe a ele

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Viva o gordo, e abaixo o regime!

Vivam as ideias fartas, os papos largos, os espaços amplos.

Abaixo a magreza das ideias, os pensamentos esquálidos, os esqueletos estreitos!

E lembre-se sempre: na hora do pega pra capar, faça humor, não faça guerra. Mas não deixe jamais de usar as palavras afiadas feito faca, para tirar a máscara dos farsantes, revelar a cara dos impostores, impedir o avanço dos retrógados.

E foi isso que José sempre fez. Sim, ele se chamava José... Eugênio. Perfeito, né? Eu, gênio. Porque, afinal, quem leu a autobiografia não autorizada – ok, ok, foi autorizada – de Jô Soares, sabe que, como no caso do gênio pirralho Orson Welles, as pessoas não precisaram mais do que seis anos para perceber que o moleque era diferenciado..

Bom, você já sabe porque estamos recordando tudo isso, né? Estamos saudando o grande Jô Eugenio Soares, que, aos 84 anos, partiu para outros ares Levou consigo o Reizinho, o Capitão Gay, a Vovó Naná, o dedo-duro Araponga, o poderoso chefão Don Casqueta, o Zé da Galera, o Coronel Pantoja e tantos outros personagens de uma personalidade múltipla.

José Soares só melhorou o Brasil. Adorava futebol - e era tricolor! Tocava bongô e trompete – e metia a boca no trombone, sempre que era o caso. Fazia teledramaturgia e teatro com ou sem rebolado. Escrevia, lia – e o pau comia, sempre que era o caso. Era pantagruélico, vasto, exagerado, amplo – maior do que a vida.

Jô Soares era Eu...gênio. Jô Soares foi Sherlock, foi Getúlio, foi imortal. Jô Soares vive e viverá no que o Brasil tem de melhor – afinal, esse país é mesmo muito engraçado. Só dói quando a gente respira. E quando perdemos talentos superlativos como o imenso Jô Soares.

Para melhorar seu dia fique com esse aforismo aforriado do livro de Jô: “Não é necessário mostrar beleza aos cegos, nem dizer verdade aos surdos. Mas não minta para quem te escuta e nem decepcione os olhos de quem te admira”.

Buenas Ideias 

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