Ranking de educação mundial

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Pisa 2018 – Ranking de educação mundial: entenda os dados do Brasil

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Nem sempre uma única estatística basta para divulgar um panorama exato da realidade. Na maioria das vezes, o procedimento mais comum é examinar diversos dados e estudos para compreender, de fato, o que está em jogo. Mas quem analisa o ranking de educação mundial elaborado pelo PISA 2018 se depara com um cenário preocupante: a amarga posição do Brasil.

Apesar de desalentadora, a situação traz novas perspectivas para o futuro. Afinal, se há uma questão unânime nesse resultado é que o país precisa investir (e muito) em educação. Não basta acompanharmos os avanços da era digital e os desafios que ela nos apresenta — é preciso adquirir competências para navegar nesse mundo novo.

A seguir, apresentaremos os principais dados do Brasil no mais recente ranking de educação mundial, além de algumas observações para que essa realidade possa ser transformada o quanto antes. Vamos conferir?

O que é o Pisa, afinal?

Realizado a cada três anos, o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) tem o objetivo de gerar indicadores que possam contribuir para a discussão da qualidade educacional nos países participantes. Assim, políticas de desenvolvimento para o ensino básico podem ser subsidiadas.

O programa também tem o propósito de verificar até que ponto as instituições públicas e particulares de cada nação estão preparando os alunos para exercerem corretamente seus papéis de cidadãos em nossa sociedade contemporânea.

Aspectos avaliados

As avaliações do Pisa analisam o desempenho escolar de alunos de 15 anos dos países participantes em três aspectos principais: leitura, matemática e ciências. Porém, uma dessas áreas cognitivas recebe maior destaque a cada edição do programa.

Em 2012, por exemplo, o foco foi em matemática; em 2015, ciências e, por fim, leitura em 2018.

Indicadores contextuais

Além de observar as competências de cada matéria, o estudo coleta informações para a composição de indicadores contextuais que permitam relacionar o desempenho dos estudantes a variáveis educacionais, socioeconômicas e demográficas. Esses dados são obtidos por meio da aplicação de questionários específicos a escolas, professores e alunos.

Ao final da pesquisa, os resultados podem ser utilizados pelos governos dos países participantes como ferramenta na definição e otimização de políticas educativas. Isso permite uma formação mais efetiva e a participação ativa dos jovens na sociedade.

Evolução das médias no PISA: Brasil vs OCDE

Evolução das médias de Leitura no PISA: Brasil vs OCDE

 

Evolução das médias de Matemática no PISA: Brasil vs OCDE
Evolução das médias de Ciências no PISA: Brasil vs OCDE

Qual a posição atual do Brasil no ranking mundial de educação?

Quando o assunto é avaliação educacional, o Pisa é uma referência mundial. Na edição de 2018, a pesquisa analisou 79 países, incluindo o Brasil.

A entidade reúne mais de 30 nações e funciona como um fórum para a discussão de questões relacionadas ao desenvolvimento e à melhoria de políticas sociais ou econômicas. Os demais integrantes do estudo foram países conhecidos como economias parceiras, isto é, nações voluntárias do programa — como o Brasil.

Divulgados no quarto trimestre de 2019, os resultados não são muito animadores para o Brasil: entre 58º e 60º lugar em leitura, entre 66º e 68º em ciências e entre 72º e 74º em matemática. A variação existe por conta margem de erro adotada pela pesquisa.

Esses números foram formados a partir da avaliação em instituições de ensino públicas e particulares. Comparando texto sobre a om a edição de 2014, o desempenho dos estudantes brasileiros teve um pequeno crescimento.

A nota de escolas particulares de elite do Brasil colocaria o país na 5º posição do ranking mundial de leitura do PISA. Já o resultado isolado de escolas públicas estaria 60 posições abaixo, na 65º entre 79 países.

A nota geral do Brasil está entre as mais baixas do mundo nas três áreas avaliadas, leitura, matemática e ciências. Quase metade dos estudantes não chega nem ao nível básico em nenhuma delas, destoando do desempenho dos alunos de escolas particulares do Brasil.

Desempenho obtido em cada área

Na disciplina de foco da edição (leitura), a média nacional dos estudantes foi de 413 pontos, 12 pontos acima dos 401 pontos de média da edição anterior. Esse índice mantém os alunos das escolas nacionais atrás da média dos demais países da OCDE.

Em matemática e ciências, os alunos brasileiros obtiveram as médias de 384 e 404 pontos, respectivamente. Com esses resultados considerados bastante preocupantes, é fundamental que o país invista em inovações pedagógicas e novas metodologias de ensino que permitam aperfeiçoar o processo de aprendizagem.

A pesquisa mostra que o desempenho das escolas particulares de elite em Matemática é pior do que em leitura, na 30ª colocação, mas na média dos países da OCDE. Em Ciências, esses alunos ficam na 12ª posição, ao lado da Nova Zelândia e acima do Reino Unido e da Alemanha.

Como melhorar o desempenho brasileiro no ranking de educação mundial?

Que o Brasil ostenta inúmeros problemas relacionados à educação, todo mundo sabe. Dessa forma, o país precisa buscar maneiras mais efetivas de capacitar os professores e dar recursos para apoiar a melhoria de estudantes que apresentam baixo desempenho, bem como alterar o modo como a educação é empregada e enxergada atualmente.

Algumas ações podem ser colocadas em prática com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e os níveis educacionais do Brasil. Confira.

Soluções para maximizar o processo de aprendizagem

Mais do que apenas explicar o funcionamento de alguma ocorrência, é essencial desafiar os alunos a buscarem explicações para cada fenômeno. Assim, os professores devem investir em alternativas que possibilitem a maximização do processo de aprendizagem.

É preciso que os docentes apresentem questões e problemas aos estudantes, incentivando-os a utilizarem experimentos e procedimentos de pesquisa. Com essas ferramentas, é possível trabalhar todas as habilidades consideradas pelo Pisa como essenciais ao exercício da cidadania.

Uso de metodologias de ensino diferenciadas

No entanto, de nada adianta propor soluções para otimizar o aprendizado se as metodologias de ensino utilizadas continuarem ultrapassadas. Nesse contexto, o uso da tecnologia e de metodologias ativas é capaz de despertar a curiosidade do aluno, bem como incentivar uma maior participação nas atividades escolares.

Como exemplo, podemos citar a sala de aula invertida. A ideia é que o estudante absorva o conteúdo por meio do formato digital, isto é, quando chegar à sala presencial, ele já estará ciente do assunto que será desenvolvido. Eficiente e inovador, esse conceito proporciona processos, estruturas e ambientes mais adequados e atrativos à realidade do aluno.

Leia mais: O que são as metodologias ativas?

Potencialização do ensino pré-escolar

O Estado deve investir na educação de base. O ensino pré-escolar tem papel importantíssimo durante a vida estudantil e acadêmica do aluno. Dessa forma, é preciso investir na potencialização do aprendizado desde os primeiros anos escolares, para que o estudante esteja apto a receber novos conhecimentos e, ainda, consiga absorver melhor os conteúdos visualizados nos próximos períodos.

Como você pôde ver, embora a posição atual do Brasil no ranking educação mundial não seja a ideal, é possível melhorar os resultados e a qualidade de ensino no país. Para tanto, é preciso que sociedade, governo e a comunidade acadêmica se mobilizem e busquem por soluções diferenciadas, eficientes e inovadoras, com o propósito de elevar o nível escolar.

 

https://blog.lyceum.com.br/ranking-de-educacao-mundial-posicao-do-brasil/?fbclid=IwAR2JvXmmeZDf3bXNf7Wd7Xtfm03xtNh3qvxXdPRbnJEV7aNJKLTme2seLSc

 

 




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