Reajuste do salário mínimo regional
Governo do Estado propõe reajuste do salário mínimo regional abaixo da inflação
Nesta quinta-feira (17), o governo do Estado entregou à Assembleia Legislativa o PL 232/2022, que apresenta a proposta de reajuste do Salário Mínimo Regional para o próximo período. No projeto, o executivo propõe reajuste zero para 2022 e 7,7% somente a partir de fevereiro de 2023.
O índice apresentado está bem abaixo dos 15,58% reivindicados pelo CPERS e as centrais sindicais, que corresponde à inflação acumulada dos 12 meses até fevereiro de 2022 (10,6%) mais os 4,5% que já não foram repassados no reajuste anterior.
O Salário Mínimo Regional atinge justamente as categorias de trabalhadores(as) mais frágeis, como as domésticas, motoboys, entre outros. São mais de 1,5 milhão de pessoas que dependem deste reajuste aqui no RS.
Para a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, o reajuste proposto está defasado e precisa ser melhor discutido na Assembleia Legislativa.
“Esperamos que a Assembleia faça um debate aprofundado sobre o projeto e consiga elevar o índice proposto para que os trabalhadores em geral e, principalmente, os nossos funcionários de escola, que recebem o Salário Mínimo Regional, tenham realmente uma recuperação de suas perdas”, declara a presidente do Sindicato.
O percentual irrisório não trará novamente nenhum aumento real para os funcionários(as) de escola, que recebem o vergonhoso salário base de R$ 657,97 e precisam de um completivo para atingirem o Salário Mínimo Regional.
Vale ressaltar que a miséria dos 6% da revisão geral deste ano foi abatida deste mesmo completivo e há funcionários(as) da educação que receberam apenas UM CENTAVO de “reajuste”. Sem contar, que o governo apura o valor do completivo descontando avanços, vantagens e gratificações, como o adicional de Local de Exercício, o que é uma aberração.
Para o CPERS, ao apresentar um reajuste que sequer considera o aumento da inflação do período, o governo arrocha ainda mais o salário destes profissionais, que se encontram sobrecarregados e endividados. Seguimos na luta por valorização e respeito para todos os educadores(as)!
Leia também:
Centrais sindicais gaúchas se manifestaram sobre o tema, confira abaixo as notas divulgadas: