Reajuste exclui aposentados e funcionários
ALRS aprova reajuste do Piso excluindo aposentados sem paridade, funcionários e descontando a parcela de irredutibilidade
Em mais um capítulo do autoritarismo da atual gestão e através de uma manobra ardilosa e cruel, a base aliada do governo Eduardo Leite (PSDB) na Assembleia Legislativa, votou, na tarde desta terça-feira (12), o PL 23/2024, que reajusta em 3,62% o Piso do Magistério Estadual. A votação ocorre após a promessa do governador de que chamaria o CPERS para debater o tema na próxima semana.
Mais uma vez, além de excluir parte significativa da categoria – funcionárias(os) de escola e aposentadas(os) e pensionistas sem paridade -, o projeto protocolado por Leite (PSDB), novamente, utilizará a parcela de irredutibilidade daqueles que ainda a possuem.
Com a aprovação deste projeto, a falácia de que a educação é a prioridade da atual gestão, novamente se comprova. Na mídia, o governo mente que já concedeu 86% de reajuste para professoras(es) e investiu milhões em infraestrutura, mas, na prática, escolas sucateadas, cargas horárias extenuantes, arrocho salarial e retirada de direitos imperam.
O CPERS, representado pela secretária-geral, Suzana Lauermann, e os diretores, Juçara Borges e Leonardo Preto Echevarria, acompanhou a votação na Assembleia Legislativa.
Exclusão das funcionárias(os) de escola é cruel e desumana
As trabalhadoras(es) que menos ganham no estado do RS estão na educação e nem por isso são respeitadas(os). Pelo contrário, o PL 23/2024, aprovado nesta terça (12), demonstra perfeitamente a falta de apreço, o etarismo e o contrassenso de quem hoje comanda o estado e dos representantes do povo que são base do governo na ALRS.
Desde 2014, funcionárias(os) de escola receberam apenas uma revisão geral de 6% e, em sua maioria, este percentual foi descontado do completivo. Isso significa que, para que os salários voltem a ter o mesmo poder de compra de novembro de 2014, precisam de um reajuste de 61,51% (INPC/IBGE).
Emenda do Partido dos Trabalhadores buscou reverter injustiças
Durante a votação, deputados da oposição ao governo apresentaram uma emenda ao PL 23/2024, que buscava, entre outros pontos, que o reajuste de 3,62% fosse aplicado também sobre a parcela autônoma e sobre a parcela de irredutibilidade, e que esta última não fosse absorvida pelo reajuste.
Pedia também que o percentual fosse aplicado às professoras(es) inativas(os) e pensionistas sem paridade e sobre as gratificações e adicionais, conforme o previsto no art. 70 da Lei 6.672/74, que estão congelados desde a alteração do Plano de Carreira.
Em mais uma manobra vergonhosa, o líder do governo na ALRS, deputado Frederico Antunes (PP), solicitou a preferência da votação do projeto e, por 30 votos sim e 14 não, a emenda sequer foi discutida.
Chega de mentiras: participe da Assembleia Geral de Mobilização do CPERS
Para mostrar a força da educação e reafirmar que não aceitamos as mentiras de Eduardo Leite (PSDB), o CPERS convoca toda a categoria para a Assembleia Geral de Mobilização, que será realizada no dia 22 de março (sexta-feira), a partir das 13h30, na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre.
“Se o governo acha que correndo para aprovar essa pauta nos calaria, é ao contrário. Ele só faz com que a gente chame com ainda mais força a nossa categoria. Agora, nós exigimos a revisão geral, onde todos sejam contemplados e também o reajuste do básico dos funcionários de escola. Agora, a nossa luta é centrada nisso. No dia 22 de março, é muito importante que vocês estejam conosco”, ressaltou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Clique aqui para contatar o seu núcleo e mobilize-se! A sua participação é fundamental na luta em defesa da educação e dos direitos das educadoras(es) gaúchas(os).
FONTE: