No dia 06 de outubro de 2021 foi realizado um Workshop pelo Conselho Regional de Economia do Distrito Federal onde o Senhor Magno Antônio Correia de Melo, consultor da Câmara, especialista em direito administrativo e assessor do relator da PEC 32 na Comissão Especial foi duramente questionado sobre pontos específicos da PEC 32 por uma bancada de economistas e servidores públicos de carreira, apresentando respostas evasivas, circulares e circunstanciais as perguntas colocadas pelos debatedores (Ver em https://www.youtube.com/watch?v=ha9M44DOzow&t=7369s). Na ocasião também foi apresentado um vídeo do Professor Jesus Ferreiro, da Universidade do País Basco, na Espanha, no qual se esclarecia o funcionamento e a organização do setor público espanhol, deixando claro para os que assistiram que a PEC 32 é mais uma jabuticaba brasileira que não tem embasamento na boa prática internacional (https://www.youtube.com/watch?v=vhcFrGKnCv8&t=38s)

A falta de um mínimo de embasamento técnico para a PEC 32 talvez explique porque, segundo a matéria publicada na Gazeta do Povo “O chefe da equipe econômica foi avisado, contudo, que o governo ainda não tem o mínimo de 308 votos necessários para aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC) 32/2020. Guedes ainda foi comunicado que, para obter sucesso nos dois turnos da votação, seria necessário negociar a liberação de emendas parlamentares não impositivas – as chamadas emendas extras, que não são de execução obrigatória no Orçamento – para garantir o voto favorável de congressista“.

Em outros termos, para aprovar a PEC da volta a República Velha o governo terá que liberar mais dinheiro para as emendas parlamentares do “centrão”, resfastelando-se assim na “velha política” que, na campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro prometia combater. Trata-se de puro e simples estelionato eleitoral.

 

https://jlcoreiro.wordpress.com/2021/10/07/para-aprovar-a-reforma-administrativa-so-pagando-mostra-materia-da-gazeta-do-povo/