Retomada gradual das aulas presenciais

Retomada gradual das aulas presenciais

Governo propõe retomada gradual das aulas presenciais a partir de 8 de setembro, começando pela Educação Infantil

Ensinos Médio e Superior voltariam em 21 de setembro, e Ensino Fundamental, entre 28 de outubro e 12 de novembro. Plano foi apresentado aos municípios na manhã desta terça (1)

André Ávila / Agencia RBS

Proposta do governo é retomar aulas presenciais de forma escalonada, concluindo o processo em novembro. Decisão final é dos prefeitos    André Ávila / Agencia RBS

O governo do Estado apresentou, nesta terça-feira (1º), o cronograma previsto para a retomada de aulas presenciais no Rio Grande do Sul. A ideia é retomar os encontros presenciais em setembro, de forma escalonada, concluindo o processo em novembro. As etapas começariam pela Educação Infantil em 8 de setembro, passando pelo Ensino Médio e Ensino Superior, em 21 de setembro, e o Ensino Fundamental, entre 28 de outubro (anos finais) e 12 de novembro (anos iniciais). A decisão, em qualquer das datas propostas, caberá aos municípios.

O novo cronograma foi detalhado e apresentado pelo governo aos prefeitos nesta manhã, com a presença de Famurs (entidade que representa os municípios gaúchos), Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O primeiro cronograma apresentado pelo Estado – agora já descartado – previa a retomada de aulas a partir de segunda-feira (31). Aquela proposta foi rejeitada por 94,6% dos prefeitos gaúchos. A partir daí, o governo do Estado decidiu construir um cronograma, prevendo um adiamento de até 15 dias do plano inicial.

O governo destaca que o retorno não será obrigatório e que a volta às aulas só será permitida para regiões com bandeira amarela ou laranja no modelo de distanciamento controlado.

Até aqui, as propostas de retomada das aulas presenciais têm sido criticadas não só por prefeitos, mas também pelos principais sindicatos de professores da rede particular e pública. Essas entidades consideram insegura a retomada das aulas enquanto não houver queda consistente de mortes no Estado.

Para o Cpers-Sindicato, que representa os professores da rede estadual de ensino, o calendário de retorno das aulas presenciais, apresentado nesta terça-feira (1ª) pelo governador Eduardo Leite, é precipitado e irresponsável. Segundo a secretária-geral do sindicato, Candida Rossetto, o governo do Estado não forneceu as condições necessárias para o atendimento em regime de plantão que vem ocorrendo. 

— Imagina, então, para o retorno das atividades. Primeiro, o governador precisa fazer a sua lição de casa e controlar a pandemia — avalia. 

A avaliação da Famurs é de que não há segurança para iniciar a retomada nos próximos dias e que o governo do Estado está passando adiante a responsabilidade sobre o tema. 

— O governo do Estado mais uma vez atira a responsabilidade para prefeitos e prefeitas, enquanto ele (o Estado) vai aguardar mais 45 dias para retornar com as aulas da sua rede, a rede estadual. Isso comprova o que já vínhamos dizendo: não há segurança para retorno das aulas agora, tanto é que o governo do Estado programou seu retorno para meados de outubro — apontou Maneco Hassen, presidente da Famurs.

Por meio de nota, o Sindicatos do Ensino Privado no Estado (Sinepe/RS) disse estar aguardando um anúncio oficial do governo do Estado, "para então, emitir uma nota com o nosso posicionamento".

Um levantamento feito junto às direções de escolas da rede estadual revelou que 96% das instituições de ensino têm profissionais pertencentes ao grupo de risco para o coronavírus e que 44% dos educadores se enquadram neste público-alvo da doença. O estudo chamado "Educação e Pandemia no RS", realizado pelo Cpers em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), analisou 2.131 questionários, que contemplam 872 colégios.  

 

https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e-emprego/noticia/2020/09/governo-propoe-retomada-gradual-das-aulas-presenciais-a-partir-de-8-de-setembro-comecando-pela-educacao-infantil-ckejytvsv001i014y2uuhndmw.html?fbclid=IwAR08lBGTxSTgSt0OC0_RmgJAlBDlnVTjnhRvumyHkswUrglYd72otO_jeVw

 

Escolas públicas estaduais devem voltar no dia 13 de outubro, diz Leite

Governo propõe retirada das restrições de trabalho presencial nas instituições de ensino a partir de 8 de setembro, começando pela Educação Infantil

ALINE CUSTÓDIO

 

  • O governo do Estado apresentou, nesta terça-feira (1º), o cronograma previsto para a retomada de aulas presenciais no Rio Grande do Sul 

  • A ideia é retomar os encontros presenciais em setembro, de forma escalonada, concluindo o processo em novembro.

  • As etapas começariam pela Educação Infantil em 8 de setembro, passando pelo Ensino Médio e Ensino Superior, em 21 de setembro, e o Ensino Fundamental, entre 28 de outubro (anos finais) e 12 de novembro (anos iniciais). A decisão, em qualquer das datas propostas, caberá aos municípios

  • As escolas estaduais vão voltar em 13 de outubro

Em videoconferência, na tarde desta terça-feira (1), o governador Eduardo Leite anunciou a previsão do dia 13 de outubro para a retomada da rede estadual de ensino, se assim permitirem as condições sanitárias. O modelo híbrido permanecerá ocorrendo, com as turmas sendo divididas por dia ou semana: parte do grupo em sala de aula e outra em casa por determinado período, para que o distanciamento mínimo seja cumprido.

Leite reforçou que é um calendário para autorizar ou para deixar de restringir, e não para obrigar o retorno. Os municípios, instituições e pais tomarão a decisão, de acordo com o nível de risco, respeitando os prazos mínimos para o retorno. 

— O risco é bastante menor, neste momento. Não é um retorno desorganizado, a qualquer custo, sem organização, nem é uma permissão para o retorno ao normal, como era até seis meses atrás — afirmou o governador.

As regiões que terão as restrições levantadas para atividades presenciais vão precisar estar nas bandeiras laranja ou amarela há pelo menos duas semanas, de acordo com o cálculo do Estado, e não pelos protocolos de cogestão.

Leite explicou os motivos de a Educação Infantil ser o primeiro grupo a retomar as aulas. 

— Estamos observando uma retomada da economia, muitos pais já retomaram a atividade presencial no trabalho e não têm com quem deixar os seus filhos. Alguns estão pagando alguém para cuidar, sem os devidos cuidados que as escolas terão. 

Leite reforçou que as escolas de Educação Infantil são um lugar de cuidado e de estímulo das crianças na idade de desenvolvimento socioemocional e das habilidades motoras, por exemplo.

Conforme o secretário da Educação, Faisal Karam, os mais de 2 milhões de alunos da rede estadual do Estado não voltarão ao mesmo tempo. Karam reforçou ainda que a prioridade do retorno presencial é para os alunos em vulnerabilidade social ou que tenho dificuldades de usar tecnologia. O secretário também destacou que os professores em grupos de risco continuarão em aula remota.

— Ficou muito claro, hoje, que não teremos perda de ano letivo porque o Estado está trabalhando para isso. O que vai acontecer é termos alunos retidos ao londo de 2020 e 2021 que, por ventura, não fez as atividades, não teve sinal de internet ou tem dificuldades de ensino à distância. Ele será recuperado, corrigindo as deficiências que ele trará. Não é um ano como os demais, mas não podemos tirar um ano destes jovens porque cria um desestímulo e penaliza todo o sistema de educação do Estado — afirmou.

Confira o calendário proposto pelo governo:




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