RS, maior escolaridade média
RS está entre os Estados com maior escolaridade média, mostra IBGE
Pessoas com 15 anos ou mais permaneceram na escola por 10,3 anos no Rio Grande do Sul
22/3/2024 -
O Rio Grande do Sul está entre os 10 Estados com maior escolaridade média, levando em consideração as pessoas de 15 anos ou mais. Ou seja, o RS apresenta médias elevadas de anos de estudo. Os gaúchos dessa faixa etária estudam, em média, por 10,3 anos. Esse número é semelhante à escolaridade média nacional no Brasil, de 10,1 anos. Junto com Amazonas e Goiás, o RS divide a oitava posição entre os Estados com melhores índices.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua de 2023, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (22). Os Estados com pior índice são Piauí, Alagoas e Paraíba, com média de 8,8 anos na escola.
Em relação ao contexto pré-pandemia, em 2019, aumentou em 0,2 ano a escolaridade média dos jovens gaúchos. No entanto, esse indicador não apresentou crescimento entre 2022 e 2023, na contramão de outros Estados. De 2016 para o ano passado, o salto foi maior: aumentou de 9,7 para 10,3 a escolaridade média das pessoas de 15 anos ou mais no RS. Nesse período, a média nacional passou de 9,4 para 10,1 anos, nessa faixa etária.
Levando em consideração as pessoas de 25 anos ou mais, a escolaridade média saltou de 9,1 para 9,9 anos entre 2016 e 2023 no Brasil. No Rio Grande do Sul, a média passou de 9,6 em 2016 para 10,2 em 2023. Elevar a escolaridade média da população está entre os objetivos do atual Plano Nacional de Educação (PNE), que tem vigência até este ano de 2024.
A meta número oito do plano prevê aumentar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar no mínimo 12 anos até 2024 para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros. Somente o Distrito Federal alcançou a média de 12 anos de escolaridade.
Escolaridade menor entre pessoas negras
Conforme o levantamento, em média, a população branca do Estado estuda um ano a mais do que os pretos e pardos. Os dados mostram que o grupo de pessoas brancas estuda, em média, por 10,5 anos, e as pessoas negras por 9,5 anos. No cenário nacional, a situação é ainda mais preocupante. Conforme dados de 2023, no Brasil, as pessoas brancas têm escolaridade média de 10,9 anos, e as negras de 9,5 anos. Em alguns Estados essa diferença é mais elevada, chegando a população branca estudar até 1,6 anos a mais do que a preta ou parda.
A pesquisa do IBGE também traz os motivos por trás da baixa escolaridade. Na região Sul, a maior parte das pessoas deixou os estudos porque precisava trabalhar. Falta de escola ou vaga na localidade desejada, gravidez, necessidade de assumir tarefas domésticas e de cuidado, problemas de saúde e desinteresse nos estudos são outros fatores que explicam isso.
Cenário em Porto Alegre e demais capitais
Ao olhar os números apresentados pelas capitais dos Estados, os gaúchos sobem algumas posições. De acordo com os dados do IBGE, Porto Alegre é a 7ª capital com maior escolaridade média, considerando pessoas acima dos 15 anos. Por outro lado, a Capital é a terceira com a maior diferença de escolaridade média entre negros e brancos:
- Florianópolis (SC): 12,6 anos
- Vitória (ES): 12,5 anos
- Rio de Janeiro (RJ): 12,3 anos
- Palmas (TO): 12,1 anos
- Curitiba (PR): 12 anos
- Brasília (DF): 12 anos
- Porto Alegre: 11,9 anos
- Goiânia (GO): 11,9 anos
- Belo Horizonte (MG): 11,8 anos
- São Paulo (SP): 11,8 anos
São 12,5 anos para brancos e 10,4 para pretos e pardos, diferença de 2,1 anos, conforme os dados de 2023. Em apenas em quatro capitais essa diferença atinge ou supera a média de dois anos – além da capital gaúcha, Vitória, Salvador e Belo Horizonte apresentam esse contraste.
Em relação à distribuição entre mulheres e homens, a escolaridade média na Capital é igual para os dois gêneros. Além de Porto Alegre, apenas outras duas capitais têm o número médio de anos de estudos igual entre homens e mulheres: Florianópolis e Fortaleza.
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