Seduc impõe ideologia neoliberal
SEDUC TENTA IMPOR A IDEOLOGIA NEOLIBERAL
Diferente do que foi oferecido no dia de hoje para a rede estadual de educação do RS, para uma formação continuada que visa o direito à educação, precisa-se conhecer a realidade da comunidade escolar, dos Educandos, principalmente, e assim os Educadores, como protagonistas, podem melhorar seu trabalho docente. Diante disso, faz-se necessário e urgente o diálogo democrático e participativo entre todos/as os/as envolvidos/as diretamente na Comunidade Escolar e igualmente com entidades verdadeiramente representativas desse meio social, a exemplo as Universidades por meio das Faculdades/Institutos de Educação, Sindicatos (CPERS), CPM, Comunidades de Bairros, etc.
Hoje, na contramão de tudo isso na rede pública estadual do Rio Grande do Sul estamos vivenciando um início de ano letivo em que o governo tenta resolver ao seu jeito neoliberal, o que significa a proposição de soluções individualizantes para problemas coletivos.
Apressadamente e com falta de diálogo, impossibilita a interação mais direta com os/as Professores/as e toda comunidade escolar. Vê-se por parte da atual gestão da SEDUC RS uma postura impositiva, diante do contexto pandêmico, e com a utilização de plataformas em atividades remotas uma "formação" que não dialoga com as realidades dos nossos Professores/as e Estudantes.
Soma-se a isso a reforma curricular do ensino médio, a qual subtrai cargas horárias de componentes curriculares, principalmente da área das Humanas e Linguagens, colocando, diante dessas mudanças muitos professores/as no limbo, ou seja, excluídos do exercício do seu ofício.
Essas ações do atual governo do Estado, da gestão da SEDUC RS, caracteriza uma violência simbólica, pois com atitude antiética decidiu impor uma "formação" com referencial totalmente advindo do modelo neoliberal e do mundo corporativo, de forma totalmente alijada da ideia de educação enquanto direito. Exclui profissionais da Educação e Estudantes que sequer conseguem no contexto atual chegar à Escola.
Fazem de Institutos como: Ayrton Senna, Ingo (da Incorporadora MRV), Reúna, Identidades, Unibanco e Fundação Lemann baluartes das atividades pedagógicas a serem aplicadas pelos professores em suas escolas, como marionetes conduzidas/guiadas a aplicar os conhecimentos pertinentes aos interesses do sistema econômico das corporações patrocinadoras das políticas neoliberais, que por sua vez facilitam o Estado Democrático de Direito por meio dessas Instituições.
Precisamos denunciar esse modelo sinistro na Educação na rede pública Estadual exigindo que o atual governo revogue a reforma do Ensino Médio, haja com humildade e humanidade com Professores e Professoras, Funcionários de Escola dando-lhes a devida valorização e reconhecimento em amplos sentidos, busque parcerias com as Universidades (UERGS, UFRGS, UFFS, UNIPAMPA, UFSM, UFPel, IFFAR, IFSUL, IFRS, PUCRS, UNISINOS, FEEVALE, UCS, UNISC, UNIVATES, UNIJUÍ..) visando a formação continuada de Professores sob os princípios da Educação Pública com o Estado enquanto garantidor, sempre no sentido do dialogo com as realidades de nossos Professores, Servidores da Educação e Estudantes para concretizar uma Educação de qualidade.
Sabemos que a qualidade da Educação, entre outros aspectos, passa pelo investimento da formação continuada de Professores. Mas para isso se efetivar, precisa inevitavelmente dialogar com a realidade desses profissionais, proporcionar a verdadeira autonomia de cátedra e dar as devidas condições do exercício da sua profissão. Além disso, Invista na reforma e construção de infraestruturas adequadas, tecnologias, recursos necessários para todos realizarem suas atividades. Faça concurso público para nomear professores/as Servidores/as para atender as demandas da rede pública estadual. Basta de desprezo, atrocidades à Educação e aos que nela atuam!