Seduc quebra promessa com E Tuiuti
Seduc quebra promessa com EEEM Tuiuti e deixa comunidade escolar sem turma para os 3º e 4º anos do Ensino Fundamental
Depois de enfrentar sete anos de obras atrasadas, a EEEM Tuiuti, de Gravataí (22º Núcleo), mais uma vez é desrespeitada pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Agora, o 3º e o 4º ano do Ensino Fundamental não tiveram suas turmas abertas na instituição, contrariando uma demanda da comunidade escolar.
“Muitos pais têm filhos em outras séries ali na Tuiuti e querem colocar todo mundo na mesma escola, mas o site da Secretaria não abriu a possibilidade de inscrição”, explica a diretora da Tuiuti há 9 anos, Geovana Affeltd.
A escola passou, de 2016 a 2023, por um longo período de obras devido à precariedade da infraestrutura. Em 2021, 12 das 16 salas de aula estavam interditadas por conta do desabamento do forro e de problemas na parte elétrica. Nesse período, apenas o 1º ano do Ensino Médio teve turmas abertas anualmente. Somente em agosto do ano passado a reforma foi concluída e, de acordo com a Seduc, o oferecimento de turmas para o restante das etapas educacionais voltaria ao normal.
“Eles me prometeram, prometeram para mim e para a comunidade, que assim que as salas estivessem em condições, uma turma por série dos Anos Iniciais seria retomada”, conta Geovana.
A EEEM Tuiuti tem capacidade para receber mais de 1200 alunos e, atualmente, conta com telhas sanduíche, que regulam a temperatura e reduzem ruídos, quadras esportivas e biblioteca, além de banheiros com acessibilidade e rampa para estudantes cadeirantes. Segundo a diretora, o número de alunos interessados no 3º e 4º ano fecharia mais de uma turma.
“Tivemos duas reprovações no 4º ano e os estudantes tiveram que trocar de escola porque não abriram nenhuma turma. É um direito da comunidade ocupar as salas que já estão prontas”, destaca Geovana.
Outra necessidade da escola é a contratação de educadoras(es) e funcionárias(os) para oferecer um serviço público de qualidade à comunidade. A nova biblioteca da Tuiuti, construída durante a obra, precisa de pessoas especializadas para organizar os acervos. Depois de exaustivos anos de espera por uma infraestrutura capaz de acolher trabalhadoras(es) da educação e estudantes, já passou da hora da Seduc oferecer aos familiares e alunos da Tuiuti o melhor do ensino público: profissionais capacitados e valorizados e oportunidade para todas(os).
O CPERS enfatiza a urgência da Seduc trabalhar ao lado das comunidades escolares, o que não tem feito. Trata-se de uma triste realidade na gestão de Eduardo Leite (PSDB). Além de impor processos de municipalização contra escolas em todo o estado, sem diálogo algum com familiares e estudantes, a Secretaria não se dedica às demandas fundamentais, como é o caso da EEEM Tuiuti: os alunos precisam das vagas, a instituição tem estrutura para recebê-los, mas a Secretaria cria entraves para o acesso à educação.
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