Seu filho é superdotado?
Como identificar se seu filho é superdotado; entenda os sinais e acompanhamentos
Primeiro passo é observar se a criança aprende coisas sozinha e se o desenvolvimento está acima da média, apontam especialistas
14/08/2022 - ESTADÃO CONTEÚDO Gonçalo Junior
De acordo com o Censo Escolar de 2020, há aproximadamente de 24 mil estudantes com perfil de altas
habilidades no país. Mateus Bruxel / Agencia RBS
Crianças superdotadas possuem capacidade de aprender muito acima do comum para sua idade. Elas aprendem sozinhas, de maneira mais rápida e com menos explicações. E não apresentam apenas habilidade acadêmica, mas também nas atividades que envolvem criatividade, nas artes e nos esportes. Mas como saber se o seu filho é uma criança com altas habilidades?
Especialistas apontam que o primeiro passo é observar se ele aprende as coisas sozinho e se o desenvolvimento está acima da média das outras crianças. Depois dessa verificação, é importante conversar com os professores e também com os pediatras para colher a opinião de profissionais. A partir dessa troca de informações, o passo seguinte é procurar um neuropsicólogo, responsável pela avaliação para superdotação.
Especialistas recomendam que os superdotados sejam diagnosticados ainda na primeira infância. O teste SonR (Teste Não Verbal de Inteligência) pode ser aplicado aos 2 anos e 6 meses. O Wisc (Escala de Inteligência Wechsler para Crianças), mais completo, é indicado acima de 6 anos.
— Quanto mais precoce o diagnóstico, mais cedo essas crianças serão atendidas e terão menos sofrimento — diz Damião Silva, neuropsicólogo e especialista em altas habilidades e superdotação.
A Associação Mensa Brasil, entidade que representa a Mensa Internacional, principal organização de alto QI do mundo, passou a receber diagnósticos de crianças com 2 anos e 6 meses a partir do mês de maio.
É importante diagnosticar um superdotado para evitar problemas de inadequação na escola. Em geral, essas crianças precisam de estímulos constantes, pois têm grande necessidade de aprender. Depois de fazer um exercício em 5 minutos — quanto todos precisam de meia hora —, ele precisa de novas tarefas para avançar. Se isso não acontece, eles podem se sentir frustrados, ansiosos ou apresentar dificuldade de socialização.
De acordo com o Censo Escolar de 2020, há aproximadamente de 24 mil estudantes com perfil de altas habilidades ou superdotação no país. Os dados são subnotificados, pois esses casos são aqueles que fizeram a avaliação neuropsicológica para superdotação.
No Brasil, não existe um mapeamento oficial. A identificação depende da parceria entre a escola e os pais. E os especialistas alertam: a superdotação é uma condição neuroatípica genética, ou seja, um funcionamento diferente do cérebro. Superdotação não é doença. O aluno é direcionado para a Educação Especial para desenvolver suas potencialidades com direitos previstos na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Veja abaixo alguns comportamentos típicos das crianças superdotadas:
Preste atenção
- Olhe se seu filho aprende de um mais jeito fácil e rápido em relação às outras crianças;
- Preste atenção se ele está sempre bem-informado, inclusive em áreas não comuns;
- Não avalie só o desempenho acadêmico, mas as artes (dança, desenho, teatro ou música) e coordenação psicomotora (esportes);
- Superdotados aprendem sozinhos e resistem à repetição e atividades rotineiras;
- Fique atento se ele expressa ideias e reações de forma argumentativa, explicando o que pensa, com vasto vocabulário;
- Importante: crianças com QI acima da média se envolvem com as coisas do seu interesse de maneira natural e mostram alto poder de concentração nessas atividades;
- Superdotados são crianças mais céticas e inquisitivas — sempre perguntam "por quê"?
- Não se esqueça: crianças superdotadas são crianças, ou seja, elas precisam brincar;
- Converse com a escola e com o pediatra de sua confiança;
- Fique atento à idade: os primeiros testes podem ser feitos com 2 anos e 6 meses.
Crianças superdotadas representam desafio de dignóstico e inclusão para pais e educadores
Especialistas indicam que falta preparo para os professores no trato com prodígios
Marcelo Casagrande / Agencia RBS
Um dos sustos que a consultora jurídica Aline Barros, 39 anos, teve com os filhos gêmeos, Filipe e Lorenzo, aconteceu quando eles leram as placas de trânsito e de publicidade no caminho para a casa da avó quando tinham dois anos.
O espanto aumentou quando aprenderam inglês vendo desenhos animados e começaram a aprender árabe ouvindo músicas no celular. Hoje, aos seis, os dois leem histórias para os coleguinhas em uma escola municipal de Ermelino Matarazzo, Zona Leste, mas reclamam da falta de lição. O QI de Lorenzo é 150 e o de Filipe, 144, enquanto a média dos brasileiros gira entre 90 e 110.
Embora causem espanto e admiração ao fazer cálculos complexos e aprender vários idiomas quando estão saindo das fraldas, superdotados enfrentam dificuldades na escola, o primeiro contato com crianças fora do lar. Pais reclamam que faltam recursos extras para explorar o potencial dos filhos. Especialistas apontam despreparo dos professores, que não observam o lado emocional atrás dos talentos.
Diagnóstico de criança superdotada
E como saber se uma criança é superdotada? É difícil até comprovar a superdotação, pois o exame é caro. Existem, por exemplo, habilidades que não são captadas pelos testes de inteligência, como as artísticas e corporais. Por isso, os superdotados — e suas famílias — sofrem.
Com três anos, Filippo já falava inglês também por causa dos desenhos animados. Uma série de testes apontou QI de 134 aos quatro anos e meio e uma idade cognitiva de sete anos e dois meses. Quando começou a ir para a escola, aos três anos, ele voltava chorando.
A mãe, a jornalista Roberta Castro, 41 anos, descobriu que ele fazia a atividade em cinco minutos e queria brincar no parquinho, pois não tinha mais tarefa. Hoje, numa escola mais preparada para a inclusão, ele está feliz.
— É o problema que existe em 90% das escolas que não entendem o que é superdotação — diz a mãe.
Especialista em superdotação, criatividade e expertise há 40 anos, a neuropsicopedagoga Olzeni Ribeiro afirma que essa é uma questão pública de saúde mental, pois pode levar a distúrbios de ansiedade, traços depressivos e dificuldade de socialização.
— Os superdotados já sabem ler, mas as outras crianças nem falam direito. Com isso, eles se sentem como um ET. Temos um número expressivo de crianças em sofrimento — diz a especialista.
Problemas nas escolas
Os pais do aluno Gabriel, seis anos, de uma escola privada de Mato Grosso, que preferem não se identificar, receberam uma advertência: "O aluno tem realizado as atividades antes da explicação dos professores". Ficaram em choque.
Há também preconceito e bullying entre os colegas. "Os colegas acham que superdotados tiram 10 em tudo ou querem se exibir e menosprezar os outros. Eles só aprendem mais rápido, mas não são gênios", desabafou uma mãe nas redes sociais na quarta-feira (10), em razão do Dia Internacional da Superdotação. A busca pelo ensino adequado esbarra na falta de preparo dos professores.
— Ainda não temos professores preparados. Não existe um curso de pós-graduação nessa área, por exemplo — explica Ada Toscanini, presidente da Associação Paulista de Altas Habilidades e Superdotação (Apahsd).
Essa é a mesma opinião da neuropsicopedagoga, Mariana Casagrande.
— É preciso lidar com o aluno do ponto de vista emocional, comportamental e cognitivo. São alunos que necessitam de material adaptado. Sem isso, ele fica com o estigma de chato — afirma Mariana.
Olzeni identifica um componente cultural.
— O professor ainda pensa que ele ensina e o aluno aprende. Não é fácil assimilar que um toquinho de três anos sabe as coisas. Ele não sabe o que fazer com aquela criança — ressaltou.
Testes cada vez mais precoces
Especialistas alertam que é preciso diagnosticar os superdotados na primeira infância. A Associação Mensa Brasil, entidade que representa a Mensa Internacional, principal organização de alto QI do mundo, passou a receber diagnósticos de crianças com dois anos e seis meses a partir do mês de maio. Pertencer à instituição facilita a obtenção de bolsas de estudos em escolas especializadas e intensifica o contato com outros superdotados.
— Nos últimos dois anos, nós formamos um cadastro de 180 famílias que aguardavam essa antecipação para apresentar os laudos — afirma Carlos Eduardo Fonseca, vice-presidente da Mensa.
A entidade tem 2.014 associados, 58 menores de idade. Para fazer parte da Mensa, é preciso percentil 98, ou seja, um QI superior a 98% da população. Os gêmeos do início do texto receberam, na última terça-feira (9), a aprovação para ingressar na entidade.
— Estou muito feliz. Minha grande angústia é encontrar uma boa escola. Eles têm grande vontade de aprender e perguntam 'por que' o dia todo — disse Aline.
Mas não é fácil conseguir o laudo de excepcionalidade. Não existem testes no Sistema Único de Saúde (SUS). Em geral, os convênios médicos não cobrem as avaliações. Universidades e Organizações Não Governamentais (ONGs) oferecem os testes, mas as filas de espera chegam a seis meses.
A saída é desembolsar entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, o que exige malabarismo das famílias. A assistente financeira Caroline Rovira, de 30 anos, pediu a ajuda da mãe para conferir se o filho Arthur era superdotado. Elas pagaram R$ 1,3 mil em 10 sessões que comprovaram QI 134 e idade mental de nove anos — ele tem sete.
Mas não parou aí. Professores da EMEF 8 de Maio, em Itaquera, zona leste de São Paulo, onde o menino estuda, informaram que também era necessária uma avaliação multidisciplinar para acessar a sala de recursos. A mãe, então, recorreu à Associação Paulista de Altas Habilidades e Superdotação (Apahsd), conseguiu desconto e pagou R$ 600.
Depois de quatro meses, Caroline conseguiu a liberação para uso da sala com um professor especializado. Arthur aprendeu a ler e escrever sozinho antes dos 6 anos. Quando termina a lição de casa, o menino olha as planilhas do programa Microsoft Excel feitas pela mãe e já consegue ajudá-la.
Avanço de série: uma saída, mas não para todos
O conceito de altas habilidades/superdotação só passou a fazer parte da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que regulamenta a educação no país, em 2013. O advogado Denner Pereira da Silva, especialista no tema, explica que os superdotados têm direito a um plano educacional individualizado, sala de recursos no contraturno escolar com professor especializado e à aceleração de série.
— Algumas das dificuldades são a falta de conhecimento dos gestores escolares e a presença de leis locais com impeditivos contrários à Constituição — enumera.
Com dois filhos superdotados, a advogada e neurocientista Claudia Hakim se especializou em Direito Educacional para apoiar famílias de superdotados em ações judiciais. A autora do livro Superdotação e Dupla Excepcionalidade, esclarece que nem todo superdotado preenche os requisitos para avanço de série.
— É uma tomada de decisão delicada porque envolve maturidade da criança, bom desempenho acadêmico em todas as disciplinas, não basta uma só, e QI acima de 130. Não falta legislação. O que falta é a aplicação da lei. Algumas questões que poderiam ser resolvidas nas secretarias de Educação acabam sendo levadas para o Judiciário — explica.
No caso de Arthur, o avanço funcionou. Ele deveria estar na 2ª série, mas já foi acelerado para a 3ª.
— Foi uma conquista. Eu e meu marido não queremos que ele avance muito por causa da diferença de idade, mas ele já fez até provas da 5ª série — declarou Caroline.
As redes sociais têm sido um canal cada vez mais importante para pedido de ajuda dos pais. Claudia coordena dois grupos no Facebook que somam 40 mil membros, enquanto o neuropsicólogo Damião Silva reúne quase 60 mil em duas contas no Instagram.
Roberta Castro criou um grupo de WhatsApp no qual profissionais tiram dúvidas de forma voluntária. Ele já conta com 164 famílias.
— É uma conquista coletiva para ganhar visibilidade para essa causa. Passei por uma enorme angústia quando percebi que meu filho tinha possivelmente superdotação e não encontrava ninguém para me socorrer. A ideia do grupo veio daí — disse.
O risco de não identificar casos de altas habilidades é perder talentos. Ou, como explica Damião Silva, levar a outros diagnósticos na vida adulta.
— Adultos que não foram identificados como superdotados na infância podem amadurecer com outros diagnósticos, como transtorno de humor, depressão e ansiedade — opina.
Prefeitura diz oferecer atendimento especializado
A Prefeitura de São Paulo informa que o Atendimento Educacional Especializado (AEE) é oferecido por meio do Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (Cefai).
No caso dos gêmeos superdotados, a Prefeitura informou que "os estudantes são acompanhados de forma pedagógica, avaliados e não possuem indicação pela equipe especializada de necessidade de uso de Sala de Recurso Multifuncional".
O poder municipal diz, ainda, que "durante a Educação Infantil, as práticas pedagógicas se dão em contextos de aprendizagem e de forma inclusiva, proporcionadas pelo espaço físico da escola e das propostas pedagógicas planejadas pelos docentes e em consonância com o Currículo da Cidade - Educação Infantil".
A Prefeitura informa que o estudante da EMEF 8 de Maio faz uso do Transporte Escolar Gratuito (TEG) e Sala de Recursos desde a volta às aulas do segundo semestre. "O laudo não foi exigido por parte da escola, a criança foi avaliada pelos profissionais do Cefai e houve indicação de uso da sala", afirma.
Questionado sobre o mapeamento e os programas de capacitação de superdotados, o Ministério da Educação não se posicionou.
Saiba o que prevê a lei voltada a estudantes caxienses com superdotação
Dentre as aplicações estão: sistematizar a identificação precoce desses alunos nas escolas, pensar projetos de estudo em relação ao tema e promover ações de apoio às famílias
20/01/2022 - DANIELA AFFONSO
No dia da sanção, estiveram presentes a prefeita em exercício, Paula Ioris e as famílias que incentivaram a mobilização, tanto da lei quanto da Frente Parlamentar. Samuel Rodrigues / Divulgação
Foi instituída em Caxias do Sul, no dia 21 de dezembro, a Política Municipal de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e o atendimento especializado aos estudantes identificados com altas habilidades/superdotação (AHSD). De acordo com a vereadora e presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com AHSD, Marisol Santos, o projeto prevê desenvolver ações para a identificação precoce de crianças com este perfil; incentivar a pesquisa na área; buscar formas de acesso ao atendimento especializado; promover ações de apoio ao estudante, às famílias e professores; estimular a formação e qualificação continuada dos profissionais envolvidos, entre outras questões.
— A nossa intenção é fazer com que o município se envolva nesse tema. Sabemos que o atendimento de crianças com altas habilidades já está previsto na lei de Educação Especial, mas ainda há muitas dificuldades, inclusive na formação dos profissionais que, apesar de toda a dedicação, não receberam essa qualificação no ensino superior — afirma Marisol.
Vale destacar que a Política Nacional de Educação Especial define, como habilidosos/superdotados, os estudantes que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral, aptidão acadêmica específica, pensamento criativo ou produtivo, capacidade de liderança, talento especial para artes e capacidade psicomotora. Segundo dados da Secretaria da Educação, hoje são 15 alunos identificados com AHSD em Caxias do Sul.
Segundo a presidente da Associação Gaúcha de Apoio às Altas Habilidades/Superdotação (AGAAHSD), Lexandra Gomes, são crianças que têm habilidades específicas acima da média e isso não deve ser tratado como uma doença. A associação trabalha na luta pelos direitos de quem tem AHSD, buscando melhorias nas políticas públicas, procurando contribuir com as famílias, educadores e com a sociedade em geral para que possam reconhecer, compreender e valorizar essas pessoas.
O que a lei permite na prática?
A lei possibilitará dar mais ênfase ao atendimento, identificação e encaminhamentos para os estudantes com AHSD. A secretária da Educação em exercício, Paula Martinazzo, reforça que o município já tem uma legislação que ampara o direito desses estudantes desde 2017, mas agora esse movimento será reforçado.
— A partir de fevereiro vamos ter uma professora da rede municipal especializada em AHSD, para compor o quadro pedagógico da secretaria visando fomentar alguns movimentos que estão previstos nessa lei. Vamos conseguir focar mais na questão das altas habilidades, é um ganho para a rede e para os estudantes — destaca.
Dentre as aplicações práticas estão: sistematizar a identificação precoce desses estudantes nas escolas, pensar projetos de estudo em relação ao tema e promover ações de apoio aos estudantes e suas famílias. A secretária salienta que toda e qualquer criança que tiver a identificação como AHSD, vai ser acompanhada de perto pela profissional especializada, que trabalhará juntamente com as professoras que já atendem esses estudantes nas escolas, sendo um ponto de apoio para a rede.
— Essa politica pública é importante, porque entendemos que com ela, conseguiremos identificar outros alunos, pois as altas habilidades/superdotação, muitas vezes são confundidas com outras situações — reforça Paula.
Tassiana Elisa Matusiak Livi, é uma das mães do grupo Mães que Lutam. Elas têm filhos com idades entre 6 e 12 anos com altas habilidades/superdotação. O seu filho tem 10 anos e desde os cinco recebeu acompanhamento devido a alguns comportamentos diferentes no âmbito escolar e até mesmo familiar. Segundo ela, foram muitas dificuldades enfrentadas até chegar à identificação da AHSD.
A vereadora Marisol, que recebeu esse grupo de mães, afirma que em seus relatos elas apontavam que essas crianças se sentem isoladas, inadequadas. Muitas delas, por estarem muito a frente do que é ensinado em sala de aula, por exemplo, não aguentam permanecer em sala de aula. Em alguns casos, a superdotação acaba até sendo confundida com alguns transtornos e são prescritas medicações, inadequadas nesse caso. Segundo a Organização Mundial da Saúde, de 3,5 a 5% da população é AHSD, mas poucos são devidamente identificados e acompanhados, para que possam desenvolver seu potencial.
A partir dos depoimentos recebidos, segundo Marisol, foi buscada inspiração em outros municípios e com inúmeras parcerias foi protocolado o projeto de lei na Câmara.
— Esse projeto de lei que já vigora no município dá suporte legislativo para os direitos que essas crianças têm dentro das escolas. Nas municipais vai chegar primeiro e nas escolas particulares esperamos que chegue logo — afirma Tassiana.
As mães seguem na luta pelos direitos dessas crianças, com esperanças de que no futuro sejam contruídos núcleos e até mesmo centros de ensino voltados às AHSD.
— Toda a criança superdotada precisa de auxílio como qualquer outra, mas ela precisa ser ensinada para desenvolver suas habilidades. O processo de identificação deve ser feito por pessoas que tenham conhecimentos na área. Hoje, a maior dificuldade é que o assunto seja melhor visto, abordado, que a criança tenha seus direitos preservados, tendo as suas habilidades estimuladas dentro da escola. Ela só precisa ser vista como uma criança superdotada. Ela também precisa de auxílio, por isso que faz parte da educação especial — conclui a presidente da AGAAHSD, Lexandra.