Sindicato forte só na democracia

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“Não há democracia sem sindicato forte”, afirma Lula em parceria histórica com EUA

Brasil e Estados Unidos lançam compromisso inédito em defesa dos direitos dos(as) trabalhadores(as) e da promoção do trabalho digno

 

“Não há democracia sem sindicato forte”, afirma Lula em parceria histórica com EUA

Presidentes Lula e Joe Biden, em Nova York - Foto: Ricardo Stuckert / PR

 

Os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos lançaram nesta quarta-feira (20) uma parceria inédita em defesa dos direitos dos(as) trabalhadores(as) e da promoção do trabalho digno. Lula e Joe Biden se reuniram em Nova York. Além de histórica, a iniciativa ecoa para o mundo uma mensagem de valorização da classe trabalhadora e dos sindicatos, frente aos desafios atuais do mundo do trabalho e do avanço de políticas neoliberais.

A “Parceria pelo Direito dos Trabalhadores e Trabalhadoras” é baseada em cinco pilares. Os objetivos visam desde a defesa de direitos até a superação das discriminações e dos efeitos da digitalização. “Face aos complexos desafios globais, desde as alterações climáticas ao aumento dos níveis de pobreza e à desigualdade econômica, devemos colocar os trabalhadores e trabalhadoras no centro das nossas soluções políticas”, diz o texto.

Em seu discurso, o presidente brasileiro destacou o papel fundamental dos sindicatos. “As pessoas que acreditam que sindicato fraco vai fazer com que o empresário ganhe mais, que o país fique melhor, estão enganadas. Não há democracia sem sindicato forte porque o sindicato é efetivamente quem fala pelo trabalhador para tentar defender os seus direitos”, disse.

Lula também mencionou ações que tem tomado desde a posse, em janeiro, como a retomada da política de valorização do salário mínimo, aumento da geração de empregos e a lei que combate a desigualdade salarial entre homens e mulheres. “Em poucos meses, conseguimos uma coisa extraordinária. Já criamos, nos primeiros oito meses, 1 milhão e 200 mil empregos formais”, afirmou.

Citando dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Lula criticou os efeitos da política neoliberal no mundo. “Nós temos 240 milhões de trabalhadores que, mesmo estando trabalhando, vivem com menos de US$ 1,90 por dia. É inaceitável que mulheres, minorias étnicas e pessoas LGBTQIA+ sejam discriminadas no mercado de trabalho”, comentou.

Na mesma linha, o presidente norte-americano ressaltou a importância de melhores salários e conclamou as lideranças do mundo a unirem-se ao Brasil e aos Estados Unidos. “Esse anúncio é um convite para que todos os líderes globais e organizações trabalhistas se juntem a nós e se comprometam com um futuro melhor para todos os trabalhadores no mundo inteiro, para que eles sejam tratados com dignidade e respeito”, disse Biden.

Os dois países pretendem trabalhar em colaboração com sindicatos e outros organismos de defesa dos trabalhadores durante o próximo ano. O objetivo é construir uma agenda comum para discutir com outros países no G20 e na COP 28. Confira abaixo os desafios urgentes da parceria pactuada entre Brasil e EUA pelo direito dos trabalhadores(as).

1) proteger os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, tal como descritos nas convenções fundamentais da OIT, capacitando os trabalhadores e trabalhadoras, acabando com exploração no trabalho, incluindo o trabalho forçado e trabalho infantil; 

2) promoção do trabalho seguro, saudável e decente, e responsabilização no investimento público e privado; 

3) promover abordagens centradas nos trabalhadores e trabalhadoras para as transições digitais e de energia limpa; 

4) aproveitar a tecnologia para o benefício de todos; e 

5) combater a discriminação no local de trabalho, especialmente para mulheres, pessoas LGBTQI e grupos raciais e étnicos marginalizados.

 

>> Leia a íntegra: Declaração Conjunta Brasil-EUA sobre a Parceria pelo Direito dos Trabalhadores e Trabalhadoras

 

FONTE:

https://appsindicato.org.br/nao-ha-democracia-sem-sindicato-forte-afirma-lula-em-parceria-historica-com-eua/ 




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