Sobre mudar Novo Ensino Médio
“Não é disputa política”, diz Camilo sobre mudar Novo Ensino Médio
Projeto do governo Lula para atualizar Novo Ensino Médio está parado na Câmara por falta de acordo entre Executivo e Legislativo
Igor Gadelha Isabella Cavalcante
Metrópoles
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou, ao Metrópoles Entrevista, que a votação do projeto que atualiza o Novo Ensino Médio no Congresso Nacional não deve ser encarada como uma disputa política.
O texto está parado na Câmara desde dezembro de 2023 por falta de acordo entre o governo e o relator da proposta, Mendonça Filho (União-PE), que foi ministro da Educação do governo Michel Temer (MDB).
Na avaliação de Santana, a oposição precisa entender que o projeto foi apresentado por um “novo governo” após um processo de “escuta” de representantes da sociedade civil pelo MEC.
“O que eu tenho tentado sensibilizar a todos do Congresso e no debate, vou procurar me esforçar muito para isso aqui, é que, primeiro, não é uma disputa política. As pessoas vão entender que é um novo governo, um governo que tem um estilo diferente de agir. Por exemplo, podia feito medida provisória, de ter revogado o Ensino Médio logo, logo no início. Como houve uma pressão muito grande por parte de alguns setores, mas por conta de uma responsabilidade, um processo que já estava em curso, nós decidimos fazer uma escuta, entender, ouvir os atores para tomar a decisão. Então, o que eu estou tentando sensibilizar, primeiro, é que o relator Mendonça vai entender que é um novo governo, novo momento, um governo que tem compromisso, que tem um estilo diferente de governar e que isso é, repito, que esse foi um processo de escuta, não foi um processo da cabeça do ministro ou do presidente, foi consensuado. Todas as entidades, foram, junto com o presidente, assinar o projeto de lei que foi encaminhado ao Congresso. Então eu espero que isso seja levado em consideração”, disse.
Ministro visitou Lira e Pacheco
O titular do Ministério da Educação também indicou “todo interesse em me aproximar cada vez mais do Parlamento”, em meio às tensões entre Executivo e Legislativo.
Ele contou ter visitado, em fevereiro, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar da pauta do MEC. Ele disse, porém, que Lira não deu uma data para votar o projeto.
Santana reforçou que o governo quer aprovar a proposta ainda no primeiro semestre de 2024, para que as mudanças comecem a valer em 2025. Do contrário, as alterações devem ficar apenas para 2026.
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