Sucateamento do IPE Saúde
Sucateamento do IPE Saúde se intensifica por incompetência do governo Leite
O CPERS vem a público conclamar que o governo Eduardo Leite (PSDB) cumpra o seu papel e não permita a fragilização do IPE Saúde.
Na noite desta quarta-feira (16), diversos hospitais do Rio Grande do Sul notificaram o Instituto sobre uma possível rescisão contratual e suspensão de atendimentos após anos de problemas históricos, como atrasos nos pagamentos e a falta de reajustes.
A rescisão contratual prejudicará milhares de sócios e sócias do CPERS, que dependem dos serviços do IPE Saúde para atendimentos básicos, mas, também, para casos mais graves e que sem o convênio sofreram consequências inimagináveis.
A diretora do Departamento de Saúde do Sindicato, Vera Lessês, que compõe o Conselho Administrativo do IPE Saúde, ressalta que não houve uma notificação oficial aos conselheiros sobre a rescisão contratual, mas que medidas estão sendo tomadas.
“Ficamos sabendo da notícia pela mídia de que houve essa reunião das entidades médicas e que oficiaram o IPE Saúde. Nós, enquanto conselheiros, nos reuniremos na próxima semana com a Casa Civil para cobrar a responsabilidade que o governo precisa ter com o plano de saúde”.
Vale ressaltar que o pagamento patronal – do governo – tem sido repassado com atrasos frequentes e que o IPE Saúde sobrevive com os 3,1% da participação dos servidores(as), que amargam quase oito anos de salários corroídos em mais de 50% da inflação, enquanto os altos salários estão debandando do Instituto. Essa falta de incremento na receita tem ingerência direta na falta de recursos para atualizar o valor repassado aos médicos, honorários hospitalares e prestadores de serviço.
Há uma clara intenção de Eduardo Leite (PSDB) em sucatear ainda mais o IPE Saúde, fragilizando o controle social da autarquia e centralizando o poder ao governo.
Essa crise está se refletindo de uma maneira muito cruel nos servidores(as). É necessário achar uma saída para que os mais de 1 milhão de beneficiários não sofram com a incompetência do governo.
O Sindicato seguirá firme e pressionando em todas as frentes para barrar mais esse ataque.
Nota de Esclarecimento
Publicação:
Em relação à nota divulgada pela Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul e a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (FEHOSUL), na qual notificam IPE Saúde sobre possível rescisão contratual e suspensão dos atendimentos, o IPE Saúde esclarece que vem adotando medidas de reestruturação compatíveis à necessidade de sustentabilidade financeira que deve nortear toda boa gestão. Os estudos técnicos, com parceria do próprio setor da saúde, têm sido pautados por transparência e diálogo, e, somente dessa forma, tem sido possível obter avanços importantes, inclusive com uma agenda que inclui a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul, a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (FEHOSUL) e outras entidades. Com efeito, por meio desse ambiente, tem sido viável convergir para elucidar a necessidade de esforços conjuntos visando ao reequilíbrio econômico-financeiro e melhoria assistencial.
Ainda essa semana, houve reunião com os diversos representantes em que novamente se reforçou o interesse da instituição em manter o espaço para ouvir as principais dificuldades do setor, reiterando que o IPE Saúde está sensível às demandas, mas que é necessário adotar medidas relevantes que sinalizem a construção de um cenário favorável à transformação. Importante também reforçar que as reuniões técnicas com os representantes das instituições, por meio de Grupo de Trabalho, têm permitido unir esforços para a construção de soluções com esse propósito.
O plano de reequilíbrio econômico-financeiro permitirá o equacionamento do passivo histórico, agravado pelas recentes condições da pandemia do Coronavírus, bem como a construção de um cenário que permitirá dar previsibilidade nos pagamentos aos prestadores.
Acerca da Tabela Própria de Medicamentos do Ipe Saúde, cabe informar que a mesma foi elaborada a partir de critérios técnicos e transparentes. Entre as motivações para as alterações, esteve, inclusive, uma ação do Ministério Público que apontou discrepâncias em relação aos preços pagos pelo IPE Saúde de determinados insumos. Especificamente quanto às alterações envolvendo medicamentos da área oncológica, a elaboração contou com o apoio de indicados pela Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul e pela Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (FEHOSUL). Ademais, a expectativa do IPE Saúde é que, em breve, seja construída uma solução conjunta em outras frentes que beneficie os prestadores e, ao mesmo tempo, traga maior segurança aos quase um milhão de usuários em todo o Estado.
http://ipesaude.rs.gov.br/nota-de-esclarecimento
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