Troca de comando no FNDE
Troca de comando no FNDE
12/08/2019
Órgão responsável pela compra de livros pelo governo federal terá Rodrigo Sergio Dias como novo presidente. Além de responder a processo no TCU, novo presidente foi réu em ação por agressão à ex-mulher.
O advogado Rodrigo Sergio Dias será o novo presidente do FNDE | © Divulgação
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão responsável – dentre outras coisas – pela compra de livros dentro do governo federal, anunciou, no fim da semana passada, que terá novo presidente. O escolhido foi o advogado Rodrigo Sergio Dias, cujo nome deverá constar no Diário Oficial da União nos próximos dias. Ele assume o lugar de Carlos Aberto Decotelli, até então presidente do órgão. Decotelli assumirá a Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp), responsável por planejar, coordenar e orientar a formulação e a implementação de programas e políticas educacionais. Ele ocupará a vaga deixada por Bernardo Goytacazes.
Aos 35 anos, Rodrigo Sergio Dias acumula experiências de presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) durante o governo Michel Temer; de diretor administrativo-financeiro e presidente do conselho de administração do Metrô-SP. Do período que esteve à frente da Funasa, restou uma investigação no Tribunal de Contas da União (TCU) por suspeita de superfaturamento de produtos e fraude em licitação. Ele ainda foi réu em uma ação penal por lesão corporal e chegou a ser preso em flagrante em 2014 por agredir a sua ex-mulher. No último dia 24 de maio, a juíza Luciana Cassiano Zamparelli Cocchio declarou o futuro presidente do FNDE como parcialmente culpado e o condenou a três meses de prisão no regime aberto.
O orçamento do FNDE previsto para 2019 é de algo em torno de R$ 52 bilhões, um dos maiores da estrutura federal. Além das compras de livros, o órgão é responsável por repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e Salário Educação a estados e municípios, além de programas como Alimentação Escolar (PNAE), Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), Caminho da Escola, Dinheiro Direto na Escola (PDDE), Programa Banda Larga nas Escolas e Plano de Ações Articuladas (PAR).