Um engodo
REAJUSTE PARA O MAGISTÉRIO – UM ENGODO
Com grande alarde, o governo anunciou pela imprensa, que o Magistério gaúcho receberia 32% de reajuste.
Na manhã da quarta-feira, o CPERS foi chamado na SEDUC/RS para que o Executivo comunicasse sua matemática, para o reajuste do Piso Nacional do Magistério.
Durante a reunião, o secretário da Fazenda, apresentou a implantação de reajuste, previsto para entrar em vigor em janeiro de 2022.
Na apresentação, o governo tentou vender a falsa ideia de que todos os educadores(as) seriam beneficiados com um reajuste de 32%.
O que não é verdade, pois com as alterações no Plano de Carreira, aprovadas em 2020, o salário da categoria foi transformado em subsídio e, vantagens concedidas, foram transformadas em parcela autônoma – sobre as quais o reajuste proposto não incidirá, e, além disso, será absorvido até o novo valor da tabela reajustada.
Ou seja, mais uma vez os educadores estão pagando seu reajuste, para o governo propagandear que concedeu o piso. Toda a apresentação foi um circo. O malabarismo para fazer crer em um grande aumento, a mágica ao esconder as verdadeiras informações: parte significativa dos educadores(as) está sendo deixada de fora.
A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, ressaltou que o sindicato cobrará fortemente do governo um reajuste que contemple a totalidade desta categoria tão sofrida.
“Nós avaliamos que a categoria não foi contemplada na sua reivindicação. O governo faz o que tem feito durante os três anos, legisla sem dialogar. Queremos que o Executivo e os deputados honrem com a promessa de não mexer na parcela de irredutibilidade e garantam a valorização salarial igualitária para professores, aposentados e funcionários de escola”.
O CPERS sempre foi claro ao colocar para o governo sua principal reivindicação: reajuste salarial para toda a categoria – professores(as) e funcionários(as), da ativa e aposentados(as).
• O CPERS sempre exigiu um reajuste para toda a categoria, que já teve seu salário reduzido em 51,3% pelo não repasse da inflação desde novembro de 2014;
• O governo Eduardo Leite (PSDB) apresentou uma proposta de reajuste de 32% não linear, deixando de fora grande parte dos aposentados, ignorando funcionários de escola e diferenciando o percentual dos professores;
• O reajuste do Piso será pago com o dinheiro dos próprios educadores,
O Governo demonstra não ter compromisso com a categoria e que desvaloriza os aposentados. Demonstra não respeitar princípios constitucionais como da isonomia, da boa-fé, da qualidade dos serviços públicos.
Agora, a responsabilidade está novamente com os deputados estaduais, resta saber se eles se curvarão e farão parte desta mentira, ou mostrarão que não vão aceitar este engodo.
Para dar uma resposta ao governador, o CPERS/Sindicato está chamando a categoria para um grande Ato, dia 14 próximo, às 9 horas.
À Luta!
Marina Lima Leal, em 09 de dezembro de 2021
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