Vergonha
VERGONHA
Muito triste e humilhante este entorno dos principais assessores do ex presidente Bolsonaro. É óbvio que ele, o ex presidente, já se revelou um indigente intelectual e uma pessoa com baixíssima capacidade de se situar, se posicionar. Quando era presidente era humilhação permanente.
As cenas do ex presidente em reuniões internacionais eram de matar de vergonha.
Agora a situação é de horror. A tal Zambelli, que votou contra os direitos mínimos- absorvente feminino -das presas quando era deputada, agora se arrasta, se humilhando na prisão italiana. Dà pena. Foi agredida fisicamente na prisão pela prepotência .
O filho Eduardo se gabou de mandar no Trump e afrontou o Brasil. Hoje é uma sombra da prepotência anunciada. Cassado. Humilhado. Vai ser preso.
O governo americano retirou, ou começa a retirar, as sanções criminosas a brasileiros. Uma vitória do governo Lula, da soberania e do povo brasileiro.
Agora a cena patética da prisão do ex diretor da Polícia Rodoviária Federal. Humilhante. Foi preso com um passaporte falso ao entrar no Paraguai- onde não é necessário passaporte para entrar- e, pasmem, com uma declaração por escrito que era surdo, mudo e não poderia responder a perguntas!! Parece brincadeira, mas é verdade. Algo assustador. Disse que tinha um câncer na cabeça, no cérebro. Teratológico. Escatológico. Este cidadão ocupou um cargo importante no governo Bolsonaro. São asquerosos. Não têm nenhuma dignidade.
Tudo deixa claro o porquê os bolsonaristas ficavam horas na porta dos quartéis, fazendo orações para pneus, fazendo sinais de WhatsApp para seres extra terrestres. Porque afirmam que o Lula morreu há anos e tem um sósia no Palácio. É assustador. Este é o grupo que assaltou o país. Que tinha um ministro da saúde, em plena pandemia, que não sabia o que era SUS.
Os líderes da organização criminal já estão presos. Inclusive o chefe, Bolsonaro. Infelizmente não podemos simplesmente esquecer. Este bando criminoso tem que ser responsabilizado. O Brasil merece que esta organização criminosa seja punida. Eles são de muito baixo nível, um bando escatológico que saiu de um esgoto nefasto. Mas que governou o país e saqueou a coisa pública. Não podemos esquecer.
Que vergonha!
(ass) Antônio Carlos (Kakay) de Almeida CastroNotório advogado criminalistaBrasília DF
-------------------------

Fico observando como certas pessoas transformam figuras políticas em mitos e isso sempre me chama atenção. Não é algo novo, nem exclusivo do Brasil. É um comportamento humano antigo, que se repete sempre que parte da sociedade prefere idolatrar em vez de pensar.
No caso de Jair Bolsonaro, isso ficou muito evidente. Ao longo das campanhas e da vida pública, Bolsonaro usou uma linguagem dura, agressiva e confrontacional. Para alguns, essas falas eram problemáticas, carregadas de exclusão e hostilidade. Para outros, foram transformadas em sinal de coragem, verdade e força. Nesse processo, ele deixou de ser analisado como político e passou a ser defendido como símbolo.
É importante deixar algo claro: Bolsonaro não foi tão cruel quanto líderes históricos responsáveis por guerras, genocídios ou repressões em massa. Essa comparação não é honesta. Mas o mecanismo da mitificação é parecido. Quando alguém vira mito, suas falas deixam de ser questionadas, seus excessos são relativizados e qualquer crítica passa a ser vista como ataque pessoal.
A história está cheia de exemplos desse mesmo processo.
Adolf Hitler foi transformado em mito como o salvador da Alemanha. Representava ordem, orgulho nacional e recuperação econômica. Suas falas violentas eram justificadas como necessárias. O resultado foi perseguição, guerra e milhões de mortes.
Joseph Stalin virou o “pai do povo”. Representava força do Estado e proteção contra inimigos. Quem questionava era tratado como traidor. Por trás do mito vieram repressão, campos de trabalho forçado e fome.
Mao Zedong foi elevado a símbolo revolucionário. Representava igualdade e libertação. Seus erros foram negados ou romantizados. Decisões políticas levaram milhões à fome.
Benito Mussolini encarnava a ideia de força e grandeza nacional. O mito vendia poder e ordem, enquanto o país mergulhava em censura, violência e colapso.
Francisco Franco foi seguido como símbolo de ordem e tradição. Governou com repressão, perseguição a opositores e censura por décadas.
Pol Pot foi mitificado como alguém que purificaria a sociedade. O resultado foi um dos regimes mais brutais do século XX, com mortes em massa por fome e violência.
Em todos esses casos, o padrão se repete. O líder vira intocável. Os erros são relativizados. A crítica vira ofensa. Quem questiona passa a ser tratado como inimigo. Não se defendem ações ou resultados, defende-se uma imagem.
Isso revela algo importante. O mito é um espelho. Ele mostra menos sobre o líder e mais sobre quem o constrói. Mostra medo da complexidade, necessidade de respostas simples e dificuldade de lidar com nuance.No fim, quando alguém vira mito, ninguém está defendendo política. Está defendendo sentimento. E quando sentimento toma o lugar da razão, não tem conversa possível.






