Você conhece a Ana ?
“Você conhece a Ana Paula Bordin?”
Eu bem sei que esta pergunta é recorrente.
Não é?
Desde que eu surgi por aqui...
Bem! Hoje eu vou responder!
Eu poderia me valer de Sócrates e dizer que sequer eu sei quem sou...
Porque... só sei que nada sei.
Mas, na verdade, eu sei.
E muitos de vocês também sabem.
Sabem porque intuem, sabem porque sentem, sabem porque pensam, sabem porque veem...
Simplesmente sabem...
Sabem que Ana Paula Bordin é o nome que eu escolhi para me manifestar neste espaço.
Simplesmente me conhecem...
Pessoalmente... ou virtualmente.
Me conhecem... para além da minha aparência. A essência!
Em tudo o que até hoje eu publiquei aqui... essencialmente... eu!
Eu... que sempre acreditei que o essencial é invisível aos olhos e que só se vê bem com o coração...
Eu... a mulher de costas... que, com a mão esquerda, segura um chapéu...
Não é preciso mostrar o rosto para ser vista... para ser lida! Ser ouvida! Isso me encanta!
Eu falo... sobre política, sobre resistência, sobre feminismo, sobre luta, sobre amor!
Eu escrevo... para não me afogar... dentro de mim!...
Escrevo...
Poderia apenas guardar. Mas, escolhi partilhar.
Porque em tempos de resistência e enfrentamento, eu considerei importante o eco...
Saber que quem pensa e sente como eu... como nós... não estão sós.
Aqui, eu escolhi ser Ana Paula Bordin. A Ana.
A Ana que vocês conhecem. Porque sabem como e o que pensa.
A Ana que vocês conhecem. Porque sabem como sente e como se sente.
A Ana. Antifascista.
A Ana. Antirracista.
A Ana. Professora.
A Ana. Partidária da esquerda.
A Ana. Feminista.
A Ana. Que grita as injustiças.
A Ana. Que sonha.
A Ana. Revolucionária.
A Ana. Que luta... e que ama.
Ana Paula Bordin não é o nome que está no meu registro civil.
Neste momento eu escrevo enquanto imagino o que vocês estão pensando...
Alguém surpreso?
Quantos estão a dizer: “Eu sabiaaaa!”
Ou ainda: “Eu sei quem é ela!”
Sabem, durante este tempo todo, eu vi, vivi e ouvi muitas coisas.
Ouvi, inclusive, que sou um homem. Ouvi isso de dois homens, segundo os quais, uma mulher não consegue falar sobre política como eu falo. Um afago no ego destes dois pensarem que foi um homem que lhes espancou argumentativamente como eu fiz. Lamento decepcioná-los. Recolham o seu machismo e o seu ego porque eu vou passar com o meu feminismo e com o meu chapéu. Com a minha luta, com a minha essência, com o meu amor.
Eu sou uma mulher.
E... falando em ego...
Não, eu não escrevo por causa do meu ego, não.
Eu escrevo pela reciprocidade. Pela comunhão de ideias. Pela oportunidade do diálogo.
Eu escrevo para nós. Por nós.
Nós... da turma dos direitos humanos.
Nós... que existimos e resistimos.
Nós... que enxergamos além da aparência.
Nós... que caminhamos de mãos dadas.
O nome que está lá... nos meus documentos?
E isso importa?
O que importa?
Momento da referência... Ernest Hemingway:
“Importa quem está nas trincheiras ao teu lado. Isso importa. Mais do que a própria guerra.”
Eu poderia citar Norah Vincent, Amandine Dupin, Mary Ann Evans... e uma infinidade de mulheres aqui.
Mas... eu vou citar Ana Paula Bordin.
Ana Paula Bordin.
A mulher que ousou escolher o nome.
Ana Paula Bordin.
A mulher que escolheu não calar.
Ana Paula Bordin.
A mulher que se refere ao psicopata genocida fascista com QI negativo que colocaram no poder como o psicopata genocida fascista com QI negativo que de fato ele é.
Ana Paula Bordin.
A mulher que aprendeu que ser feminista não significa ser forte o tempo todo... e que há força também na fragilidade... e justamente por isso o feminismo é necessário.
Ana Paula Bordin.
Partidária da esquerda. Lulista.
Ana Paula Bordin.
Essencialmente eu!
Eu...
... a dona da mão esquerda que segura o chapéu...
... a mente que elabora os textos, as respostas, os comentários.
... o coração que pulsa ver me lho.
... a alma antifa.
... a que escolheu ser Ana...
A mulher que em meio à luta política... encontrou e foi simultaneamente encontrada pelo amor da vida... eu te amo, Marco Aurélio Lodi.
Ana Paula Bordin.
Não é o nome no meu registro civil...
Mas, eu sou esta que vocês veem e leem.
Eu sou aquela que acredita que a vida sem luta e sem amor seria um erro!
Eu sou aquela que incomoda os fascistas!
Eu sou aquela que acredita que imbecilidade é amar e não gritar que ama!
Esta sou eu...
Vocês podem... por enquanto... caso se sintam à vontade para seguirem aqui...
Vocês podem... por enquanto...
continuar me chamando de: